SING (2016)
É estranho começar o ano com duas boas comédias musicais, um género que tem andado desaparecido. Primeiro vi La La Land, agora foi a vez de Tous en scène (Sing), de que gostei ainda mais. Sing reatualiza a mais antiga e tradicional história das comédias musicais: é um filme sobre a montagem de um espetáculo musical que, depois de inúmeros obstáculos, é finalmente produzido com sucesso. Já vimos isto muitas vezes, e voltamos a ver e a maravilhar-mo-nos com essa mesma história quando o talento e a originalidade estão presentes. Sing é uma homenagem ao cinema musical mas talvez ainda mais à música pop. Pop universal, desde Sinatra a Queen, desde Jobim a Kate Perry, passando pela pop japonesa à pop cigana. Pode parecer indigesto, mas não é, faz lembrar uma juke-box com dezenas de canções, e a forma como são apresentadas no filme é simplesmente brillante. Sing é uma produção da Illumination, que nos tem dado filmes entediantes (os Minions) mas agora acertou em cheio. O filme foi nomeado ao Golden Globe em apenas duas categorias: melhor filme de animação e melhor canção original ("Faith", de Ryan Tedder, Stevie Wonder e Francis and the Lights). E teve uma única nomeação aos Annie para melhor música (Jody Talbot). Excelente. Paris 02.2017 4/5