Hairspray (2018)

 
Hairspray (Marc Shaiman & Scott Wittman, 2002)

Fiquei encantado com esta produção francesa, com letras também em francês, do famoso musical baseado no filme de John Waters (1988). Os pontos fracos da produção são os cenários e as luzes, mas o mais importante, os intérpretes e a encenação (de Ned Grujic, criada em 2010 e agora reposta), fazem deste espetáculo um equivalente, em termos de qualidade, a outros que vi em Londres, como Dreamgirls. A história centra-se num programa de televisão de Baltimore que, em 1962, insiste no preconceito racial corrente na época, mesmo num concurso de dança para jovens. A jovem Tracy vai pôr essa política em causa e mudar a televisão e a sociedade locais. Um trunfo do musical é o seu lado camp: a mãe de Tracy, Edna Turnblad, é interpretada por um homem, que rouba quase sempre o protagonismo da filha. No filme feito a partir do musical é John Travolta quem faz esse papel. Nesta produção é Guillaume Bouchède quem interpreta Edna. Paris, abril? de 2018, Les Folies Bergère 4/5
Elenco
Margaux Maillet (Tracy Turnblad), Tiffanie Jamesse (Amber Von Tussle), Virginie Perrier (Velma Von Tussle), Guillaume Bouchède (Edna Turnblad), Gilles Vajou (Wilbur Turnblad), Bastien Jacquemart (Link Larkin), Julie Costanza (Penny Pingleton), Seaweed (Karim Camara), Little Ines (Cerise Calixte), Laura Nanou (Maybell Shakespeare), Laure Balon (Prudy Pingleton, a guarda de prisão e a prof de gym), Thierry Bilisko (Mr Spritzer, provisor geral, guarda de prisão), Matthieu Brugot (Corny Collins)