Dixiana é um filme musical do início do sonoro, com realização e argumento de Luther Reed a partir de uma história de Anne Caldwell. E o argumento é um dos pontos fracos deste e de muitos filmes similares da época. Um jovem aristocrata (Everett Marshall) enamora-se da artista de circo Dixiana (Bebe Daniels) mas vai ter de enfrentar dois opositores a essa relação: a sua mãe (Jobyna Howland) e um pretendente de Dixiana, financiador do teatro-circo (Ralf Harolde). Esta trama é permanentemente sabotada por números musicais e por números cómicos assegurados sobretudo pela dupla Woolsey & Wheeler. O drama é assim abafado pelos momentos de entretenimento puro, que é o grande objetivo deste tipo de filmes. A estrela do filme, Bebe Daniels, foi uma estrela do cinema mudo e conseguiu manter esse estatuto nos primeiros anos do sonoro, como atriz e cantora. Este filme testemunha o seu talento. O seu par romântico (Everett Marshall) é uma nódoa. Sobressaem Bert Wheeler e Robert Woolsey, a tal dupla cómica já consagrada nos palcos. Os últimos 20 minutos são em tecnicolor, que serve para sublinhar a beleza plástica da cena do baile. Mal o cinema sonoro nascia e já queria ser a cores. VC 2/5
Elenco: Bebe Daniels (Dixiana Caldwell), Everett Marshall (Carl Van Horn), Bert Wheeler (Peewee), Robert Woolsey (Ginger Dandy), Joseph Cawthorn (Cornelius Van Horn), Jobyna Howland (Birdie Van Horn), Dorothy Lee (Poppy), Ralf Harolde (Royal Montague), Edward Chandler (Blondell), George Herman (Contortionist), Raymond Maurel (Cayetano Bruce), Covington (Company porter), Bill Robinson (Specialty Dancer), Eugene Jackson (Cupid)