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ESTÚPIDO CUPIDO (2015)

ESTÚPIDO CUPIDO (2015)
O musical Estúpido Cupido estreou em 2015 no Rio de Janeiro, andou em turné, e agora voltou para mais uma temporada carioca no Teatro Vanucci, na Gávea. É um sucesso merecido. É um musical feel-good que olha com ternura, nostalgia e humor para os anos 60, quando a música brasileira, e ainda mais os jovens, imitava a música americana toda ela sacudida pela onda rock. Um grupo de ex-colegas de liceu, agora cinquentões, encontram-se numa festa revivalista, onde as antigas paixões e rivalidades adolescentes vêm à superfície, tudo regado com músicas pop da juventude da altura: Estúpido cupido, Banho de lua, Broto legal, entre outras. O musical tem poucos meios técnicos, apenas três músicos em cena e seis personagens (interpretados por onze atores), mas o talento dos intérpretes enche o palco e a plateia de alegria com situações cómicas previsíveis mas bem acabadas e canções cativantes. Um dos melhores musicais nos palcos do Rio. Teatro Vanucci 4.2018 NOTA 3,5/5 Tb Blog CM
Texto: Flávio Marinho 
Direção: Gilberto Gawronski
Músicos: 
Anderson Ribeiro, Guilherme Forton Viotti e Pedro Mota
Elenco:
Françoise Forton (Tetê)
Andréa Dantas (Ana Maria)
Carlos Bonow (Teddy)
Mauricio Baduh (Frankie)
Maria Sita (Wanda)
Carla Diaz (Danielly)
Luísa Viotti (Tetê jovem)
Julia Guerra (Aninha jovem)
Ryene Chermont (Wanda jovem)
Mateus Penna Firme (Teddy jovem)
Ricardo Knupp (Frank jovem)

YOUNG FRANKENSTEIN (2007)

O ESPETÁCULO (Londres, 2018)

Young Frankenstein é um filme já clássico e desde 2007 um musical de Mel Brooks. O jovem Frankenstein é o filho do cientista Frankenstein, que realizava experiências que devolviam vida ao tecido humano morto. Quando o pai morre, o jovem Frankestein, professor e especialista no estudo do cérebro, retoma as experiências do pai e cria o Monstro (que muitos pensam ter o nome do seu criador). Esta comédia vive muito das personagens secundárias, qual delas a mais divertida, como Igor, Inga e Frau Blücher. Perante as peripécias geniais já presentes no argumento para cinema de Mel Brooks, a música tem dificuldade em ganhar vida própria. Trata-se de um bom musical, mas pouco marcante. Londres 7.2018 West End Garrick Theatre 3/5
Book de Mel Brooks & Thomas Meehan
Música e letras de Mel Brooks
Cast: Hadley Fraser (Frederick Frankenstein), Shuler Hensley (The Monster) Ross Noble (Igor) Summer Strallen (Inga) Dianne Pilkington (Elizabeth Benning) Lesley Joseph (Frau Blücher) Patrick Clancy (Inspector Hans Kemp Harold the Hermit)

YANK (2010)

 
O ESPETÁCULO
Yank! O Musical (Rio de Janmeiro, 2018)

Os irmãos David e Joseph Zellnik conceberam este musical sobre o amor no tempo de guerra, velho e querido tema das gerações afetadas pela segunda guerra mundial. Mas os Zellnik escolheram tratar o amor entre dois soldados e toda a dimensão nostálgica das anteriores versões deu lugar a aspectos mais actuais ligados aos problemas das comunidades LGBT. Então numa altura de maior conservadorismo da sociedade brasileira este ótimo espetáculo vem no momento certo. Gostei muito da versão brasileira de um original americano (Off-Broadway, 2010) que não conheço. Os brasileiros têm um dom musical infalível e isso revela-se mais uma vez nesta produção, de resto um pouco pobre de cenários e trabalho de luzes. Mas os atores cantam e dançam bem e asseguram a dimensão emocional com brilho. Fiquei comovido com a história e com a sorte dos amantes (in)felizes Stu e Mitch. Rio de Janeiro 04.2018 Teatro Vanucci 4/5
Libretto e Letras: David Zellnik 
Música: Joe Zellnik 
Tradução e Versões: Menelick de Carvalho e Vitor Louzada 
Direção Geral: Menelick de Carvalho 
Direção Musical: Jules Vandystadt
Elenco: 
Hugo Bonemer (Stu) 
Betto Marque (Mitch)
&
Leandro Terra, Fernanda Gabriela, Conrado Helt, Dennis Pinheiro, Leonam Moraes, André Viéri, Alain Catein, Bruno Ganem, Robson Lima e Rhuan Santos.

HAIRSPRAY (2002)

 
A OBRA

Hairspray (Marc Shaiman & Scott Wittman, 2002)

O ESPETÁCULO: Hairspray (Paris, 2018)

Fiquei encantado com esta produção francesa, com letras também em francês, do famoso musical baseado no filme de John Waters (1988). Os pontos fracos da produção são os cenários e as luzes, mas o mais importante, os intérpretes e a encenação (de Ned Grujic, criada em 2010 e agora reposta), fazem deste espetáculo um equivalente, em termos de qualidade, a outros que vi em Londres, como Dreamgirls. A história centra-se num programa de televisão de Baltimore que, em 1962, insiste no preconceito racial corrente na época, mesmo num concurso de dança para jovens. A jovem Tracy vai pôr essa política em causa e mudar a televisão e a sociedade locais. Um trunfo do musical é o seu lado camp: a mãe de Tracy, Edna Turnblad, é interpretada por um homem, que rouba quase sempre o protagonismo da filha. No filme feito a partir do musical é John Travolta quem faz esse papel. Nesta produção é Guillaume Bouchède quem interpreta Edna. Paris, abril? de 2018, Les Folies Bergère 4/5
Elenco
Margaux Maillet (Tracy Turnblad), Tiffanie Jamesse (Amber Von Tussle), Virginie Perrier (Velma Von Tussle), Guillaume Bouchède (Edna Turnblad), Gilles Vajou (Wilbur Turnblad), Bastien Jacquemart (Link Larkin), Julie Costanza (Penny Pingleton), Seaweed (Karim Camara), Little Ines (Cerise Calixte), Laura Nanou (Maybell Shakespeare), Laure Balon (Prudy Pingleton, a guarda de prisão e a prof de gym), Thierry Bilisko (Mr Spritzer, provisor geral, guarda de prisão), Matthieu Brugot (Corny Collins)

Grease (1971)

Os anos 50 americanos representados no musical (1971) e no filme (1978) Grease não me suscita qualquer interesse: o rock'n'roll, a brilhantina, os bailes escolares. Mas gostei de ver quando era muito jovem os filmes Grease e Grease 2. E não podia por isso perder o musical Grease atualmente no teatro Mogador, em Paris. Afinal o que me interessa nesta obra? Acho que é o seu lado pop. Em 1978 o filme surgiu e foi um enorme sucesso mundial em pleno boom da disco music, que, essa sim, adoro. As músicas de Grease inspiram-se no rock'n'roll mas são músicas pop. O tema Grease, um dos mais populares, foi escrito para o filme por um dos reis do disco, Barry Gibb... na verdade é um tema disco. Nem toda a gente sabe que algumas das músicas mais aplaudidas no musical Grease, sempre que ele é produzido pelo mundo afora, foram escritas para o filme e não existiam na versão original para teatro de 1971. Alguma produção de Grease poderá dispensar You're the one that I want (John Farrar, 1978) ou Hopelessly Devoted to You (John Farrar, 1978)? Não creio. No espetáculo a que assisti, You're the one foi o número final e o mais aplaudido. O público delirou com este musical sabiamente cantado e falado em inglês e em francês. A produção é muito equilibrada e apesar do par amoroso central Sandy/Danny, o musical vive muito das cenas de grupo ou grupos. Paris 2018 Théâtre Mogador 3,5/5

Company (Londres, 2018)

COMPANY (Stephen Sondheim, 1970)

Company é um dos melhores espetáculos que vi até hoje. Conhecia as famosas canções do musical através do disco (Company, You Could Drive a Person Crazy, The Ladies Who Lunch, Side by Side, Being Alive), agora elas ganharam todo o sentido no contexto para o qual foram criadas. Se as canções são memoráveis o score musical e o book de Company não ficam atrás. Company (1970) é uma obra-prima e um marco dos musicais. Tenho a impressão de que supera todos os musicais atualmente em cena no West End londrino. Mas Company 2018 é uma nova e revolucionária versão de Company 1970. O protagonista Bobby (Robert) agora é uma mulher (Bobbie) e entre os casais amigos de Bobbie existe agora um casal gay. Stephen Sondheim não só aprovou a mudança como efetuou as alterações necessárias ao libreto. Agora Company fala diretamente às novas gerações. Bobbie faz 35 anos e é tempo de fazer o balanço: da sua vida mas também dos seus amigos, todos casados. Londres, novembro de 2018 Gielgud Theatre 5/5 

Sondheim: Company (1970), direção de Marianne Elliott, com Rosalie Craig (Bobbie), Patti LuPone (Joanne), Mel Giedroyc (Sarah), Jonathan Bailey (Jamie), George Blagden (PJ), Ashley Campbell (Peter), Richard Fleeshman (Andy), Alex Gaumond (Paul), Richard Henders (David), Ben Lewis (Larry), Daisy Maywood (Susan), Jennifer Saayeng (Jenny), Matthew Seadon-Young (Theo) Gavin Spokes (Harry)


ASSASSINS (1990)

Musical de Stephen Sondheim

Foi uma bela surpresa este breve musical (90 minutos) de Stephen Sondheim que vi no Pleasance Theatre, bem longe do West End. Um musical político, mas cheio de bom humor, sobre os homens e as mulheres que ao longo da história dos EUA tentaram assassinar o Presidente (alguns conseguiram-no, como se sabe). A música de Sondheim (que assina também o libreto, a partir de uma história de John Weidman) está bem acima de tudo o resto, inclusive dos bons cantores/atores. Boas notícias para os admiradores de Sondheim: nos próximos tempos Follies (National Theatre) e Company (West End) voltam aos palcos londrinos. Londres, abril de 2018 Pleasance Theatre 3,5/5

Elenco: Jason Kajdi (Balladeer/Lee Harvey Oswald)  Andrew Pepper (Charles Guiteau) Alexander McMorran (John Wilkes Booth) Abigail Williams (Sara Jane Moore) Alfie Parker (Samuel Byck) Conor McFarlane (Leon Czolgosz) Jack Reitman (Giuseppe Zangara) Peter Watts (Propietor) Toby Hine (John Hinckley)

Encenação: Louise Bakker