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Juventude e Ternura (1968)

Aurélio TEIXEIRA

Wanderléa, Anselmo Duarte e Ênio Gonçalves interpretam o trio protagonista deste filme feito para surfar na onda da Jovem Guarda, da nova música rock brasileira dos anos 1960. Anselmo Duarte, contrabandista de whisky, vê Wanderléa num bar e investe na sua carreira de cantora. Ela ama o compositor das suas canções, cada vez mais populares, e afasta-se do empresário que a lançou. O filme é interessante por ser um musical típico destes anos onde a música tinha um papel fundamental na vida dos jovens e ser um fenómeno extremamente popular. Wanderléa era a grande figura da Jovem Guarda e no filme ela interpreta alguns dos seus grandes sucessos. Melun TV 3/5

Rags (2012)

Realização de Bille Wodruff

Estreia nos EUA: 28/05/28

Rags: O poder da música é uma atualização da história da cinderela para o meio da indústria musical hip-hop rap. O filme foi feito para a televisão (Nickleodeon) e tem como trunfo a música de Rodney Jerkins. Um rapaz quer ser cantor e conquistar o coração de uma estrela pop, mas para começar ele é apenas faxineiro na gravadora do pai da sua amada. Em casa, o aspirante a cantor tem a oposição do padrasto e dos dois meio-irmãos, que pretendem também tornar-se astros da pop. O filme é divertido e atualização da famosa história tem muito mérito. Melun 2021 TV 3,5/5 

Rio, Verão e Amor (1966)

Realização de Watson Macedo

Uma comédia musical que retrata a juventude carioca dos anos 60 nos seus momentos mais tontos e superficiais. Não está longe daquelas comédias de praia de adolescentes excitados que explodiram no início dos anos 80. A comédia brasileira é naturalmente mais bem comportada e, antecipando em décadas Trolls World Tour, tem como um dos temas a oposição entre dois estilos musicais então em voga: a bossa nova e o iê-iê-iê da Jovem Guarda. Mas mesmo a música é má... Cantada por Renato e seus Blue Caps, Lilian, Brazilian Bitles e Zumba 5. O melhor do filme é então o Rio, as suas praias e a própria cidade, únicas no mundo. Melun 2021 TV 1,5/5

Rodgers & Hammerstein's Cinderella (1997)

Realização de Robert Iscove

Esta é a terceira vez que o musical de Rodgers & Hammerstein é produzido para a televisão, que foi aliás o seu contexto de criação em 1957 (com Julie Andrews). Em 1997 teve direito a uma mega-star da pop, Whitney Houston, no papel de fada-madrinha de Cinderella (Brandy). Completa o elenco estelar Jason Alexander, Whoopi Goldberg, Bernadette Peters, Veanne Cox, Natalie Desselle, Victor Garber e Paolo Montalban. Este especial televisivo foi um acontecimento, pelos custos e audiência, e menos pelo mérito da produção. O filme está aquém do que a Disney (sua produtora) faz no cinema de animação, onde tem assinado grandes filmes musicais. Fez também um pouco melhor com os recentes Mary Poppins e Rei Leão. Mas a aliança entre comédia e musical e o bom aproveitamento das estrelas do momento (Brandy, Alexander, Houston) são aspectos muito positivos do filme. Melun 2021 3,5/5

DVD ed. Brasil

Cazuza, o Tempo não Pára (2004)

Filme de Sandra Werneck e Walter Carvalho
Um dos meus biopics preferidos de sempre. Cazuza é o grande poeta, a par de Renato Russo, do rock brasileiro, e a qualidade e plasticidade das suas canções não param de ganhar versões não roqueiras, como confirma um disco deste ano de Leila Pinheiro e Roberto Menescal dedicado ao cancioneiro de Cazuza. Este foi também a primeira grande estrela brasileira a morrer de sida e a sua agonia foi mais ou menos pública. Bem, tudo isso (e muito mais) está no musical que foi feito (outro enorme sucesso nos teatros) e neste filme que foi consagrado pela Academia Brasileira de Cinema com 12 nomeações e com troféus para melhor filme, realizador, roteiro adaptado, fotografia e trilha sonora. Fernando Bonassi e Victor Navas escreveram o roteiro a partir do livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, da mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e da jornalista Regina Echeverria. Um livro magnífico, aliás. No filme algumas das melhores cenas são as que juntam Cazuza (Daniel de Oliveira) e a sua mãe (Marieta Severo), assim como o seu pai (Reginaldo Faria). Ou seja, as cenas musicais (nos palcos e fora deles), as cenas entre amigos e as cenas familiares articulam-se muito bem, mas as cenas entre mãe e filho são justas e comoventes, são antológicas. Além disso, como filme que retrata uma época, os anos 1980, é inolvidável (destaque para a fotografia, que nada embeleza, de Walter Carvalho). Vi o filme apenas em 2009 (cinco anos após a estreia) no cinema Nouveau Latina, certamente no contexto do Festival de cinéma brésilien de Paris, pois o filme, fora do circuito de festivais, não se estreou, parece-me, em país nenhum. No Brasil estreou em 2004 e foi um enorme sucesso, com mais de três milhões de espectadores. Um excelente filme do mainstream brasileiro. Melun 2020 Youtube (4/5)  
Cazuza, o Tempo não Pára (Sandra Werneck e Walter Carvalho, 2004), produzido por Daniel Filho (co-produção Globo Filmes e Columbia TriStar Filmes do Brasil), roteiro de Fernando Bonassi e Victor Navas, adapta Cazuza, Só As Mães São Felizes (Lucinha Araújo e Regina Echeverria), com Daniel de Oliveira (recebeu os prémios da APCA e o Grande Otelo de melhor ator), Marieta Severo, Reginaldo Faria, Maria Flor.

Simonal (Leonardo Domingues, 2018)

Biopic de Wilson Simonal muito bem produzido embora nada arrojado  na abordagem do tema e na realização. O que interessa é traçar a trajetória exemplar de Simonal rumo ao sucesso e a sua queda artística e económica depois de ter sido acusado de passar informação à polícia da ditadura sobre o meio artístico. A ascensão de Simonal incomodava no Brasil da altura, pois nenhum negro tinha sido tão popular na música (apesar da grande figura de Grande Otelo no cinema) e num estilo que se desviava da música brasileira, abraçando o funk. Mas ele foi extremamente popular por ser cantor de génio que veio da favela e encontrar uma forma de cantar brasileira inconfundível. Bom filme. (2,5/5)  
Simonal (Leonardo Domingues, 2018), com Fabricio Boliveira (Simonal), Ísis Valverde, (Tereza), Leandro Hassum (Carlos Imperial), Mariana Lima (Laura Figueiredo), Caco Ciocler (Mário Borges).

Virou bagunça (Watson Macedo, 1960)

Pouco tempo depois deste filme, também os Beatles tiveram direito a filmes em que os quatro atuavam e cantavam no meio de uma história sem grande originalidade. Em Virou Bagunça é o Trio Irakitan, famoso na época, que protagoniza uma chanchada vitaminada pelo burlesco das situações, mas sem a presença dos grandes comediantes do género, à exceção da impagável Zezé Macedo, que passa o filme a assediar o bochechudo do Trio Irakitan. Pelo meio uma vedete sem talento arma o seu próprio rapto para atrair a publicidade dos media, mas o rapto vai virar mesmo realidade às mãos de perigosos bandidos. Já vi melhores chanchadas. Melun 2020: 2/5 
Virou bagunça (Watson Macedo, 1960), produzido por Watson Macedo e Oswaldo Massaini (Cinedistri), roteiro de Watson Macedo, Meira Guimarães e Ismar Porto, com o Trio Irakitan, Zezé Macedo, Nádia Maria, números musicais de Trio Irakitan, Linda Batista, Emilinha Borba, Francisco Carlos, Carlos Gonzaga, Aracy Costa, César de Alencar ("Índio qué apito")

É de Chuá (Victor Lima, 1958)

Esta chanchada reúne várias coisas  que são (eram) populares no Brasil: a comédia brejeira, a figura do malandro e do grã-fino (aqui um faz-se passar por outro), o samba e o carnaval. O roteiro abusa da caricatura, mas muitas vezes os diólogos são irresistíveis. E os atores são eternos. Ankito, Grande Otelo e Zezê Macedo eram atores habituais das chanchadas e tornam ainda hoje inesquecíveis as cenas onde entram. Mas o filme é também importante pelos muitos números musicais de artistas famosos à época. Melun 2020: 3/5 
É de Chuá (Victor Lima, 1958), produção de Oswaldo Massaini e Herbert Richers (Cinedistri), roteiro de J.B. Tanko, Victor Lima, Renato Restier, diálogos de Haroldo Barbosa e Sérgio Porto, com Ankito (Peteleco), Grande Otelo (Laurindo), Renata Fronzi (Maria Xangai), Renato Restier (Juca Moleza), Costinha (Fotógrafo), Carlos Costa (Astrogildo) e Zezê Macedo, inclui numero musical números musicais: Nelson Gonçalves, Jamelão e Agostinho dos Santos (acompanhados do Conjuto Marabá), Emilinha Borba, a dupla de palhaços Carequinha e Fred (com Altamiro Carrilho), Linda Batista, Dircinha Batista, Bill Farr, Neusa Maria, Ruy Rey e Orquestra, Jorge Goulart, Joel de Almeida (acompanhado de Jupira e suas cabrochas), Trio de Ouro, Carlos Augusto e Gilberto Alves.