Cabaret (1972) é um dos meus filmes preferidos de sempre. É um filme único, que não se confunde com nenhum outro. É um musical que na origem foi um musical da Broadway. É um marco na história dos musicais no cinema. É um musical passado em Berlin de 1930, é um musical político até à medula. Liza Minnelli teve aqui o passaporte para a eternidade, e por aqui aparece uma das mulheres mais bonitas que eu já vi: Marisa Berenson (que também entra em dois outros filmes da minha vida, Barry Lindon e Morte em Veneza). Que mais? Que comprei ainda no tempo do vinil a banda sonora deste filme. Pelo menos o refrão das canções sei de cor. Que ver o filme em sala de cinema é mais uma razão para amá-lo. Primeiro foi na Cinemateca Portuguesa em 1987 (!) e agora (2013) no cinema parisiense Le Brady. Que merece 5/5.
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Under the Rainbow - The Real Liza Minnelli (George Mair, 1996)
Numa pesquisa rápida que fiz na net, verifiquei que esta biografia escrita por George Mair há 20 anos, permanece a mais recente biografia de Liza Minnelli e talvez a melhor, apesar dos seus defeitos. Nunca poderia constituir uma biografia de referência, porque há aspectos importantes da carreira da artista que são simplesmente ignorados; é o caso dos seus discos de estúdio. A grandeza de Liza reside nos seus shows e nas gravações ao vivo e é ponto assente que os seus álbuns de estúdio não espelham o talento que ela demonstra em palco, perante uma plateia. Mas isso não é razão para ignorá-los. De resto, o autor traça em poucas páginas o essencial da vida de Liza, e da sua carreira também: grande destaque é dado à relação com a mãe, Judy Garland, e à sua turbulenta vida amorosa. Afinal onde reside o génio de Liza Minnelli? Não é no cinema (apesar dos clássicos Cabaret e New York, New York) nem na música, mas sim na arte do showbizz tipicamente americano (nova-iorquino?), que exige a combinação de uma série de elementos como a dança, o canto, a interpretação, o star carisma, e uma capacidade de comunicação excecional com o público. Tudo isto Liza Minnelli dominava como poucos nos seus tempos áureos. Quanto à edição que tenho, gosto especialmente do livro-objecto: tem a qualidade dos hardbacks americanos, neste caso ilustrado com muitas e excelentes fotografias.VC 3/5 BIBLIOTECA
New York, New York (Martin Scorsese, 1977)
New York, New York é um dos meus filmes preferidos de Scorsese, mas sei que nem ele nem os seus fãs têm boa ideia do filme. New York, New York é um dos poucos musicais feitos nos últimos 40 anos e provavelmente é o melhor musical posterior ao genial Cabaret. Aliás, os autores da música (Kander & Ebb) e a protagonista (Liza Minnelli) passam de um filme para o outro. São a golden team dos musicais dos 70s e Scorsese aproveita-se deles para a marcar com o seu génio mais um género cinematográfico de grande prestígio. Não se saiu muito bem, porque não está entre os seus melhores filmes (mas é um dos meus preferidos, repito). É um biopic de artista, ou artistas (a cantora Liza e o saxofonista Robert De Niro), e a história dos musicais está cheia de biopics (não me ocorre uma razão evidente para tal facto). A cantora atinge a fama e o saxofonista (que formam um casal durante grande parte do filme) atinge a miséria e insucesso. Liza Minnelli, que eu venero, não é uma atriz versátil. É uma boa comediante e uma genial performer do showbizz. No filme de Scorsese (e mais ainda no de Bob Fosse) está como peixe dentro de água e ninguém poderia assumir o seu papel. E quem hoje interpreta, dança e canta com igual talento? Talvez ninguém. Scorsese contou neste filme com uma artista completa como as estrelas da Hollywood clássica. E fez uma obra que marcou o cinema dos seventies. Paris 5/5
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