State Fair, ou A Feira da Vida na tradução portuguesa, deve ser uma das comédias musicais mais amadas dos americanos. Não só porque foi um enorme sucesso na altura da estreia, mas porque conseguiu como poucos filmes dar uma imagem tão idealizada e romantizada da vida do americano simples. Uma família de camponeses trabalhou o ano inteiro para ver o seu trabalho recompensado na feira anual de Iowa. Na feira, enquanto os pais ganham prémios, os filhos fazem as suas conquistas amorosas. Para todos, a feira é um momento de felicidade suprema e reforça ou renova os laços familiares. Esta "americana" faz lembrar outra ainda mais famosa, Meet Me in St Louis (Minnelli, 1944), na qual a felicidade de uma família materializa-se na visita à Feira Mundial de St. Louis, a cidade que eles se preparavam para abandonar.
A génese de State Fair remonta a 1932, quando foi publicado o romance State Fair de Phil Stong, cujos direitos foram de imediato comprados pela Fox, que a seguir produziu um filme famoso com Janet Gaynor (nomeado ao óscar para melhor filme do ano). Em 1945, Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II transformaram este material já testado num musical e foi a única vez que fizeram um musical exclusivamente para o cinema (todos os outros musicais foram criados para o teatro). O filme deu origem a dois clássicos do cancioneiro americano: "It's A Grand Night For Singing" e "It Might as Well Be Spring" (ganhou o prémio da Academia para a melhor canção). Um excelente exemplo da comédia musical 4/5
Ficha técnica: Produção: William Perlberg (Fox) Argumento: Sonya Levien, Paul Green, Rodgers e Hammerstein, adaptação do romance State Fair (1932) de Phil Stong: Intérpretes principais: Jeanne Crain, Dana Andrews, Dick Haymes e Vivian Blaine.