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MARY POPPINS

Mary Poppins (London, 2022)
06.2022

ANYTHING GOES

 

ANYTHING GOES
Londres 08.2022 Barbican

 

SOUTH PACIFIC

SOUTH PACIFIC 
Londres 08.2022

Patti LUPONE

PATTI LUPONE. A Life in Notes
Londres 16.02.2025 London Coliseum

1ª PARTE
Come on-a My House (Ross Bagdasarian e William Saroyan, 1951)
Summertime, Summertime (Tom Jameson, 1958)
Ebb Tide (Robert Maxwell, letra de Carl Sigman, 1953)
Teen Angel (Mark Dinning, 1960)
Town Without Pity (Dimitri Tiomkin, letra de Ned Washington, 1961)
I Wish it So (Marc Blitzstein, 1959)
Some People (Jule Styne, Stephen Sondheim)
Alfie (Burt Bacharach, Hal David, 1966)
The Man That Got Away (Harold Arlen/George Gershwin)
Those Were the Days (Boris Fomin e Gene Raskin, 1968)

2ª PARTE
On Broadway (Mann, Weil, Stoller, Lieber, 1963)
Don’t Cry for Me Argentina (Andrew Lloyd Webber e Tim Rice, 1976)
I Dreamed a Dream (1980)
The Ladies Who Lunch (Stephen Sondheim, 1970)
Stars (Janis Ian, 1974)
Anything Goes (Cole Porter, 1934)
I Didn’t Know What Time it Was (Rodgers/Hart)
Time After Time (Cindy Lauper e Rob Hyman, 1963)
In My Life (Lennon, McCartney, 1965)
Those Were the Days (Boris Fomin e Gene Raskin, 1968) 
BIBLIOTECA

SUNSET BOULEVARD

Hoje pude ver GLENN CLOSE no musical Sunset Boulevard, no London Coliseum. Poucas vezes vi uma plateia receber tão calorosamente uma estrela! Palmas e mais palmas e muitos gritos de alegria. Não conhecia esta faceta de Close. Para mim ela continua a ser a grande atriz dramática de papéis maléficos (Ligações Perigosas, Atração Fatal, 101 Dálmatas). Mas ela canta muito bem também. O musical de Andrew Lloyd Webber, que adapta o filme genial de Billy Wilder, é bom, sem ser inesquecivel. Mas gostei mais desta produção do que a de Cats que vi recentemente. No fundo fui ver pela Close e pelo filme. Londres 04.2016 3/5

YOUNG FRANKENSTEIN (2007)

O ESPETÁCULO (Londres, 2018)

Young Frankenstein é um filme já clássico e desde 2007 um musical de Mel Brooks. O jovem Frankenstein é o filho do cientista Frankenstein, que realizava experiências que devolviam vida ao tecido humano morto. Quando o pai morre, o jovem Frankestein, professor e especialista no estudo do cérebro, retoma as experiências do pai e cria o Monstro (que muitos pensam ter o nome do seu criador). Esta comédia vive muito das personagens secundárias, qual delas a mais divertida, como Igor, Inga e Frau Blücher. Perante as peripécias geniais já presentes no argumento para cinema de Mel Brooks, a música tem dificuldade em ganhar vida própria. Trata-se de um bom musical, mas pouco marcante. Londres 7.2018 West End Garrick Theatre 3/5
Book de Mel Brooks & Thomas Meehan
Música e letras de Mel Brooks
Cast: Hadley Fraser (Frederick Frankenstein), Shuler Hensley (The Monster) Ross Noble (Igor) Summer Strallen (Inga) Dianne Pilkington (Elizabeth Benning) Lesley Joseph (Frau Blücher) Patrick Clancy (Inspector Hans Kemp Harold the Hermit)

WICKED (Broadway, 2003)

A OBRA (San Francisco, 2003)

WICKED (2003)

MÚSICA: Stephen Schwartz LYRICS: Stephen Schwartz BOOK: Winnie Holzman, baseado lo livro Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West (Gregory Maguire) PREMIERE: May 28, 2003: Curran Theatre, San Francisco

O ESPETÁCULO (Londres, 2025)




DREAMGIRLS (1981)

O ESPETÁCULO (Londres, 2017)

Dreamgirls estreou na Broadway em 1981 e tornou-se instantaneamente num musical clássico. Henry Krieger assina a música e Tom Even o argumento e as letras (book e lyrics). O argumento e as personagens são inspirados em grandes nomes da soul e do R&B dos anos 60. Effie White é um cantora talentosa que singra num grupo feminino antes de se lançar com sucesso numa carreira a solo. As aspirações individuais e as exigências do musical business entram em colisão na história das Dreamgirls, que tem vários pontos em comum com a história das Supremes. Vi este espetáculo com Marisha Wallace como Effie White, substituindo Amber Riley. Mas Marisha parou o show nos seus principais números. Nunca esquecerei esta interpretação de antologia, que me fez soltar algumas lágrimas. Aliás, sem a sua personagem e a sua interpretação que seria deste musical? Ela é a faísca e o nervo de um musical que alterna até a exaustão números de backstage e outros on stage. Esta produção do West End é recente (2016) e tem direção e coreografia de Casey Nicholaw. Londres 07.2017 Savoy Theatre 4/5

LES MISÉRABLES (1980)

A OBRA:

MÚSICA: Claude-Michel Schönberg LIVRET: Alain Boublil, baseado no romance de Victor Hugo (Les Misérables, 1862) LYRICS (em inglês): Herbert Kretzmer CRIAÇÃO: Paris 24.09.1980 Palais des Sports

O ESPETÁCULO (Paris, 2024)

Encenação: Ladislas Chollat DIREÇÃO MUSICAL: Alexandra Cravero e Charlotte Gauthier CENÁRIOS: Emmanuelle Roy FIGURINOS: Jean-Daniel Vuillermoz COREOGRAFIA: Romain Rachline Borgeaud INTÉRPRETES: Benoît Rameau (Jean Valjean) ; Sébastien Duchange (Javert), Claire Pérot (Fantine), David Alexis (Monsieur Thénardier), Christine Bonnard (Madame Thénardier), Juliette Artigala (Cosette), Jacques Preiss (Marius), Océane Demontis (Éponine), Stanley Kassa (Enjolras), Maxime de Toledo (L'évêque de Digne), Paul Wandrille Charbonnel, Liam Jabnoune, Victor Bigot, Gaspard de Cerner (Gavroche) ; Maëlys O Neil, Louise Monteil, Bertille Grégoire, Iris Monzini (Cosette enfant), Émilie de Froissard, Suzanne Bafaro, Roxane Carbonnier, Penny Padilla (Éponine enfant) ESTREIA: Paris, Théâtre du Châtelet 11.2024 VISTO: Paris 1.12.2024 T. Châtelet NOTA: 4/5


O ESPETÁCULO (Londres, 2017)

Na minha última incursão a Londres, com a Royal Opera House de férias, aproveitei para ver musicais, género que pouco frequento. Optei por dois dos maiores musicais contemporâneos, que arrastam multidões há anos: The Phantom of the Opera e Les Misérables. Fiquei relativamente indiferente a ambos, isto é, não me entusiasmaram a ponto de querer voltar a vê-los, como sempre me aconteceu quando vi os musicais clássicos que o Châtelet (Paris) apresentou durante anos (42nd Street, An American un Paris, Into the Woods, Singin' in the Rain, etc.). E no entanto The Phantom e Les Misérables já são clássicos contemporâneos, com qualidades indiscutíveis. Como os musicais antigos, Les Misérables tem um gancho na lindíssima I Dreamed a Dream, cuja melodia invade o score. A maquinaria em cena, os cenários, os movimentos dos grupos em cena, tudo concorre para tornar o espetáculo atraente mas não memorável (para mim). Londres 09.2017 NOTA: 3/5

FROZEN (2017)

 
O ESPETÁCULO (Londres, 2022)
Um musical que gostaria de rever, o que é um grande elogio... Geralmente uma vez basta para mim, como aconteceu em tempos com The Lion King e há dias com Dear Evan Hansen. Mas Frozen é verdadeiramente espetacular, com efeitos especiais vistosos e personagens secundárias inesquecíveis, como o boneco de neve. Todas as cenas em que entra é divertimento garantido. E há as músicas de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez, que puxam pelo público como Let it go. Londres 04.2022 Theatre Royal Drury Lane 4/5

DEAR EVAN HANSEN (2015)

A OBRA
ORIGINAL: Dear Evan Hansen (2015) AUTOR: Steven Levenson MUSIC & LYRICS: Benj Pasek e Justin Paul PREMIERE: Washington 10.07.2015 Arena Stage


O ESPETÁCULO (Lisboa, 2024)
Querido Evan Hansen

PRODUÇÃO: Força da Produção / Encenação de Rui Melo INTÉRPRETES: Gabriela Barros, Miguel Raposo, Sílvia Filipe, Brienne Keller, Dany Duarte, Inês Pires Tavares, João Maria Cardoso e João Sá Coelho MÚSICOS: Artur Guimarães (teclados), Tom Neiva (bateria), André Galvão (baixo), Marcelo Cantarinhas (guitarra), João Valpaços (violoncelo) e Inês Nunes (viola de arco) DIREÇÃO MUSICAL: Artur Guimarães LOCAL: Lisboa, Teatro Maria Matos ESTREIA: 11.09.2024 VISTO: 2.11.2024

O ESPETÁCULO (Londres, 2022)
VISTO: Londres 04.2022 Noël Coward Theatre ELENCO: Sam Tutty (Evan Hansen, *Laurence Olivier Award for Best Actor in a Leading Role in a Musical), Rebecca McKinnis (Heidi Hansen), Lauren Ward (Cynthia Murphy), Rupert Young (Larry Murphy), Jack Loxton (Jared Kleinman), Iona Fraser (Alana Beck), Lucy Anderson (Zoe), Doug Colling (Connor Murphy) NOTA: 3/5

FIDDLER ON THE ROOF (1964)

A OBRA (1964)



O ESPETÁCULO (Londres, 2025)

Londres 08.07.2025 Barbican



O ESPETÁCULO (Londres, 2016)

Conhecia o musical Fiddler on the Roof da sua versão para o cinema (1971), igualmente famosa. Mas gostei muito mais do original feito para a Broadway, pois vi há dias a nova produção do Fiddler assinada por Trevor Nunn apresentada no Playhouse Theatre. É excelente. Há um único cenário, um pequeno largo rodeado de casas pobres, autênticas barracas, onde vive uma comunidade de judeus. Mas é de uma família em particular que se fala, um casal com cinco filhas em idade de casar. O pai defende acesamente a tradição, mas as filhas vão contrariá-lo, casando com quem não devem. Se a tradição perdeu a força, e o pai a autoridade, no final todos perdem tudo pois os judeus são expulsos daquela região (a história passa-se na Rússia no século XIX). O libreto é bom, mas são as canções que fazem o encanto deste musical. Quando vira o filme não me tinha apercebido de como eram boas as canções. Londres 06.2019??? Playhouse Theatre 4/5

MAMMA MIA! (1999)

 
O ESPETÁCULO: Mamma Mia! (Londres, 2019)
Mamma Mia! é, no seu género (jukebox musical), um espetáculo irresistível para quem, como eu, é fã dos ABBA e do filme que foi feito a partir do musical. Escrito por Catherine Johnson, está em Londres há 20 anos, pois estreou em 1999 no Prince Edward Theatre, e hoje apresenta-se no Ivor Novello Theatre. A direção é de Phyllida Lloyd e a coreografia de Anthony Van Laast. Londres 11.2019 Ivor Novello Theatre 4/5

KISS ME, KATE (1948)

A OBRA
TÍTULO: Kiss Me, Kate MÚSICA & LETRAS: Cole Porter LIVRETE: Sam & Bella Spewack ANO: 1948

O ESPETÁCULO (Londres, 2024)


PRODUÇÃO: Barbican Centre, Londres ENCENAÇÃO: Bartlett Sher COREOGRAFIA: Anthony van Laast DATA: 04.06.2024 a 14.09.2024 ELENCO: Adrian Dunbar (Fred Graham / Petruchio), Stephanie J. Block (Lilli Vanessi / Katharine), Charlie Stemp (Bill Calhoun / Lucentio), Georgina Onuorah (Lois Lane / Bianca), Hammed Animashaun (Gangster), Nigel Lindsay (Gangster), Peter Davison (General Harrison Howell), Josie Benson (Hattie), Jack Butterworth (Paul), Jude Owusu (Harry Trevor / Baptista), Carl Au, Shani Cantor, Alisha Capon, Jordan Crouch, Barry Drummond, Maya de Faria, Emily Goodenough, Maddie Harper, James Hume, Jacqui Jameson, Robin Kent, Amelia Kinu Muus, Lucas Koch, Alex Lodge, Nell Martin, Anna McGarahan, Gary Milner, John Stacey, Harrison Wilde

VISTO: Londres, Barbican Centre 11.06.2024 


O ESPETÁCULO (Paris, 2016)

Kiss Me Kate é um dos maiores musicais de sempre, também um dos mais populares, e foi composto por Cole Porter. Ouvi vezes sem conta algumas das suas canções que se autonomizaram do espetáculo de origem e tornaram-se célebres nas vozes dos maiores cantores. So in Love talvez seja a mais famosa dessas canções. À força de tanto ouvir estas canções em grandes versões de concerto esquecemo-nos de que têm uma origem teatral e o seu sentido narrativo perde-se. Por isso foi tão bom ouvir a música de Cole Porter desta forma. Em relação ao espetáculo é difícil achar defeitos importantes nesta produção. Na noite de estreia o público adorou, aplaudindo generosamente os números de dança e de canto. Os cantores têm a difícil tarefa de interpretar canções imortalizadas por Sinatra, Ella ou Billie. Mas têm a vantagem de terem experiência de atores de teatro. Paris 02.2016 Théâtre du Châtelet 4,5/5

 CINEMA (1953)

REALIZADOR: George SIDNEY ESTREIA: 5/11/1953 (EUA) 17/06/1954 (Portugal)

 Embrasse-moi chérie
Canções de Cole Porter
Score de Saul Chaplin
Coreografias de Hermes Pan

Blu-ray francês de Kiss Me Kate (1953)

Esta edição compreende o Blu-ray 3D active du film, o Blu-ray 2D du film, as curtas-metragens "Cole Porter à Hollywood: il fait trop chaud", "Manhattan la toute puissante: la ville grandiose de New York", a curta-metragem animada "Le cousin affamé de Barney"; e o trailer.

CHICAGO


O ESPETÁCULO (Lisboa, 2020)

Gabriela Barros e Miguel Raposo Chicago, o musical marcado pelo génio de Bob Fosse, tem uma versão em português que está a ser apresentada desde 2019 no Teatro da Trindade, em Lisboa. O sucesso é mais do que merecido e justificado, pois a encenação de Diogo Infante é boa (mas senti uma grande diferença em relação à produção que vi em Londres) e o trio protagonista é mais do que convincente: Gabriela Barros (Roxie Hart), Soraia Tavares (Velma Kelly) e Miguel Raposo (Billy Flynn). Lisboa 2020 Teatro da Trindade 4/5

Musical de John Kander, Fred Ebb e Bob Fosse 


O ESPETÁCULO
Chicago (Londres, 2017)

Era um sonho que arrastava há muitos anos: ver o musical Chicago num teatro. Conhecia o filme (de Rob Marshall), a música (de John Kander), o argumento (de Fred Ebb e Bob Fosse), as letras das canções (de Fred Ebb) e as coreografias de Bob Fosse, pelo disco, pelo vídeo, nas telas do cinema. Mas ver esta obra mestra da Arte americana do século 20 nas condições próximas daquelas em que foi criada, isso nunca me foi dado a ver. E de repente tudo fez sentido, Chicago como obra de teatro é mesmo qualquer coisa de único e de seminal. Como Lohengrin de Wagner que tinha visto no dia anterior. Há um antes e um depois destas obras, e não é possível fazer melhor. Não posso comparar esta produção londrina de 2017 com as anteriores e muito menos com a criação original; certamente houve intérpretes melhores para cada um dos personagens. E a coreografia de Bob Fosse, esse génio, é a que eu vi agora? Que importa, Chicago nesta montagem mostra de que é feita a sua notoriedade artística. A música de Kander & Ebb é aquela maravilha que conhecemos do disco e de outras obras. Mas não será a coreografia e o concept de Fosse o que mais marca Chicago? A dança e o movimento em geral são pouco considerados, mas em Chicago com o mínimo (um estalar de dedos, o estirar do braço, o sentar-se) obtem-se uma expressividade máxima. O palco é ocupado por um quadrado inclinado virado para o público, onde está a pequena orquestra de cabaré-jazz, e de onde saiem os personagens, que também podem sair dos lados do quadrado. Com poucos atores/cantores e um espaço reduzido para atuarem, consegue-se contar uma história sobre grandes criminosas dos anos 1920 que manipulam os media para obterem a celebridade e a absolvição pública e judicial dos seus crimes. Ver Chicago em cena foi uma experiência inolvidável. Londres, 2017 2 July, Phoenix Theatre 5/5

CABARET (Broadway, 1966)

CRIAÇÃO (Broadway, 1966)


O ESPETÁCULO (West End, 2024)
CABARET (2022)
Grande produção do musical que revolucionou os musicais. Entramos no teatro Playhouse como se entrassem os num verdadeiro cabaret, uma bebida na mão e um passeio para observar quem está presente, antes de entrar para a sala principal. Quem conhece o filme reconhece a evolução do espetáculo nos mais pequenos pormenores. Mas senti falta da Sally Bowles de Liza Minnelli e até do Emcee de Joel Grey. De resto foi perfeito. Londres 06.2022 Playhouse 5/5

O ESPETÁCULO (Madrid, 2016)

Musical de John Kander e Fred Ebb

Já tive a oportunidade de ver o célebre musical Cabaret mas... não aconteceu. Agora, passando por Madrid, não hesitei: foi este o espetáculo que pus acima de qualquer outro em exibição na cidade. O teatro em que é representado, o Rialto na Gran Via, é muito bonito. O Cabaret de Madrid é uma grande produção, adaptada ao espanhol para garantir a adesão popular. Segue de perto a peça de teatro (1952) que adaptava para o palco o conto de Isherwood (1937), onde encontramos Sally Bowles e outros personagens que depois serão imortalizados pelo musical de Ebb & Kander (1966) e mais ainda pelo filme de Bob Fosse (1972). Que destino grandioso para um simples conto! Pode-se até não gostar deste musical (no teatro e no cinema) mas não se pode negar que ele mudou a história dos musicais e impôs uma imagética reconhecida por todos. Além disso, fez entrar para o universo feérico e feel-good dos musicais a tragédia nazi. Aliás, a produção madrilena termina com corpos nus, enlaçados, numa câmara de gás. Assim, passa-se de cenas dramáticas para as cenas cômicas, passadas no cabaré, tal como no filme. A força deste (um dos meus filmes preferidos) impede-me de aderir completamente ao que se passa no palco mas o génio das canções de Ebb & Kander fazem sempre efeito. Curiosamente, o momento que suscitou maiores risadas foi quando o mestre de cerimónias, antes de começar a segunda parte, brincou com o público, provocou-o e trouxe-o para o palco. Foi brilhante e percebi então por que a stand-up comedy é tão popular (mas não me interessa). Madrid, maio de 2016, Teatro Rioalto 4/5

THE PHANTOM OF THE OPERA (1986)


O ESPETÁCULO (Londres, 2017)
Musical de Andrew Lloyd Webber

Fiquei ligeiramente desiludido com o musical The Phantom of the Opera. Apesar do belo score e das belas melodias de Andrew Lloyd Webber, apesar dos cenários que mudam constantemente e dos efeitos especiais impressionantes (esta é a produção original dirigida por Harold Prince), apesar dos bons cantores. Tive mais dificuldade do que é costume em compreender as letras (de Charles Hart), embora isso não seja importante (na ópera passa-se o mesmo). Talvez o que mais me agrada em Lloyd Webber sejam as melodias e menos o score global (na ópera e em Sondheim, por exemplo, cada nota musical parece interessar-me). Londres, setembro de 2017 Her Majesty's Theatre 3,5/5

Company (Londres, 2018)

COMPANY (Stephen Sondheim, 1970)

Company é um dos melhores espetáculos que vi até hoje. Conhecia as famosas canções do musical através do disco (Company, You Could Drive a Person Crazy, The Ladies Who Lunch, Side by Side, Being Alive), agora elas ganharam todo o sentido no contexto para o qual foram criadas. Se as canções são memoráveis o score musical e o book de Company não ficam atrás. Company (1970) é uma obra-prima e um marco dos musicais. Tenho a impressão de que supera todos os musicais atualmente em cena no West End londrino. Mas Company 2018 é uma nova e revolucionária versão de Company 1970. O protagonista Bobby (Robert) agora é uma mulher (Bobbie) e entre os casais amigos de Bobbie existe agora um casal gay. Stephen Sondheim não só aprovou a mudança como efetuou as alterações necessárias ao libreto. Agora Company fala diretamente às novas gerações. Bobbie faz 35 anos e é tempo de fazer o balanço: da sua vida mas também dos seus amigos, todos casados. Londres, novembro de 2018 Gielgud Theatre 5/5 

Sondheim: Company (1970), direção de Marianne Elliott, com Rosalie Craig (Bobbie), Patti LuPone (Joanne), Mel Giedroyc (Sarah), Jonathan Bailey (Jamie), George Blagden (PJ), Ashley Campbell (Peter), Richard Fleeshman (Andy), Alex Gaumond (Paul), Richard Henders (David), Ben Lewis (Larry), Daisy Maywood (Susan), Jennifer Saayeng (Jenny), Matthew Seadon-Young (Theo) Gavin Spokes (Harry)


ASSASSINS (1990)

Musical de Stephen Sondheim

Foi uma bela surpresa este breve musical (90 minutos) de Stephen Sondheim que vi no Pleasance Theatre, bem longe do West End. Um musical político, mas cheio de bom humor, sobre os homens e as mulheres que ao longo da história dos EUA tentaram assassinar o Presidente (alguns conseguiram-no, como se sabe). A música de Sondheim (que assina também o libreto, a partir de uma história de John Weidman) está bem acima de tudo o resto, inclusive dos bons cantores/atores. Boas notícias para os admiradores de Sondheim: nos próximos tempos Follies (National Theatre) e Company (West End) voltam aos palcos londrinos. Londres, abril de 2018 Pleasance Theatre 3,5/5

Elenco: Jason Kajdi (Balladeer/Lee Harvey Oswald)  Andrew Pepper (Charles Guiteau) Alexander McMorran (John Wilkes Booth) Abigail Williams (Sara Jane Moore) Alfie Parker (Samuel Byck) Conor McFarlane (Leon Czolgosz) Jack Reitman (Giuseppe Zangara) Peter Watts (Propietor) Toby Hine (John Hinckley)

Encenação: Louise Bakker

SHOW BOAT

O ESPETÁCULO (Londres, 2016)

Pela primeira vez vi um musical do West End. Uma nova produção do clássico dos clássicos: Show Boat. A história de um barco do Mississipi e da trupe de artistas que levam o vaudeville aos pequenos recantos dos EUA. Uma história que conhecia bem do cinema mas que originalmente nasceu para os palcos. O que vi e ouvi impressionou-me, sobretudo a interpretação dos principais cantores. Achei estranho não ver os músicos da orquestra na sala como me habituei a ver no Teatro do Chatelet. A música das comédias musicais clássicas é muitas vezes excelente e merecia um cuidado à altura como se faz com a música clássica. De qualquer forma, foi um excelente espetáculo, sem quebras de ritmo, com um cenário simples mas expressivo e interpretações perfeitas. Londres 06.2016 5/5