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DVDteca BOB FOSSE

Sweet Charity (1969) 

Cabaret (1972)

Liza with a "Z" (1972)

All That Jazz (1979)  

CHICAGO


O ESPETÁCULO (Lisboa, 2020)

Gabriela Barros e Miguel Raposo Chicago, o musical marcado pelo génio de Bob Fosse, tem uma versão em português que está a ser apresentada desde 2019 no Teatro da Trindade, em Lisboa. O sucesso é mais do que merecido e justificado, pois a encenação de Diogo Infante é boa (mas senti uma grande diferença em relação à produção que vi em Londres) e o trio protagonista é mais do que convincente: Gabriela Barros (Roxie Hart), Soraia Tavares (Velma Kelly) e Miguel Raposo (Billy Flynn). Lisboa 2020 Teatro da Trindade 4/5

Musical de John Kander, Fred Ebb e Bob Fosse 


O ESPETÁCULO
Chicago (Londres, 2017)

Era um sonho que arrastava há muitos anos: ver o musical Chicago num teatro. Conhecia o filme (de Rob Marshall), a música (de John Kander), o argumento (de Fred Ebb e Bob Fosse), as letras das canções (de Fred Ebb) e as coreografias de Bob Fosse, pelo disco, pelo vídeo, nas telas do cinema. Mas ver esta obra mestra da Arte americana do século 20 nas condições próximas daquelas em que foi criada, isso nunca me foi dado a ver. E de repente tudo fez sentido, Chicago como obra de teatro é mesmo qualquer coisa de único e de seminal. Como Lohengrin de Wagner que tinha visto no dia anterior. Há um antes e um depois destas obras, e não é possível fazer melhor. Não posso comparar esta produção londrina de 2017 com as anteriores e muito menos com a criação original; certamente houve intérpretes melhores para cada um dos personagens. E a coreografia de Bob Fosse, esse génio, é a que eu vi agora? Que importa, Chicago nesta montagem mostra de que é feita a sua notoriedade artística. A música de Kander & Ebb é aquela maravilha que conhecemos do disco e de outras obras. Mas não será a coreografia e o concept de Fosse o que mais marca Chicago? A dança e o movimento em geral são pouco considerados, mas em Chicago com o mínimo (um estalar de dedos, o estirar do braço, o sentar-se) obtem-se uma expressividade máxima. O palco é ocupado por um quadrado inclinado virado para o público, onde está a pequena orquestra de cabaré-jazz, e de onde saiem os personagens, que também podem sair dos lados do quadrado. Com poucos atores/cantores e um espaço reduzido para atuarem, consegue-se contar uma história sobre grandes criminosas dos anos 1920 que manipulam os media para obterem a celebridade e a absolvição pública e judicial dos seus crimes. Ver Chicago em cena foi uma experiência inolvidável. Londres, 2017 2 July, Phoenix Theatre 5/5

Cabaret (Bob Fosse, 1972)

Cabaret (1972) é um dos meus filmes preferidos de sempre. É um filme único, que não se confunde com nenhum outro. É um musical que na origem foi um musical da Broadway. É um marco na história dos musicais no cinema. É um musical passado em Berlin de 1930, é um musical político até à medula.  Liza Minnelli teve aqui o passaporte para a eternidade, e por aqui aparece uma das mulheres mais bonitas que eu já vi: Marisa Berenson (que também entra em dois outros filmes da minha vida, Barry Lindon e Morte em Veneza). Que mais? Que comprei ainda no tempo do vinil a banda sonora deste filme. Pelo menos o refrão das canções sei de cor.  Que ver o filme em sala de cinema é mais uma razão para amá-lo. Primeiro foi na Cinemateca Portuguesa em 1987 (!) e agora (2013) no cinema parisiense Le Brady. Que merece 5/5.  

Fosse (Sam Wasson, 2013)

Uma leitura que me ocupou dois verões, o de 2016 e este. São 700 páginas, incluindo 100 de notas, para dar conta de uma vida dedicada à arte da dança, da coreografia, do teatro, do cinema, e em todas essas áreas Bob Fosse marcou os que com ele trabalharam/viveram e o público amante dessas artes. Fosse tinha dúvidas quanto a ser um artista ou não mas não parou muito para tirar isso a limpo, pois o trabalho não o largava (ou vice-versa). Sam Wasson tem aquele dom dos americanos e ingleses em não recuar perante o objetivo de escrutinar uma vida nos seus mais pequenos pormenores, que são bem vindos particularmente quando o que está em causa é a gestação, sempre complexa e fugidia, de grandes obras como Cabaret, Chicago, Pippin, Lenny, All That Jazz, Sweet Charity... Uma leitura nem sempre fácil mas sempre empolgante. VC 2016 & 2017 (5/5)

Bob Fosse: Steam Heat (1990)

Realização de Judy Kinberg

Excelente documentário sobre Bob Fosse, feito com base em duas longas entrevistas de Fosse e de Gwen Verdon, sua mulher e musa. O estilo de Bob Fosse é bem apresentado e ilustrado por muitos excertos dos filme e das produções teatrais em que ele entrou como dançarino, coreógrafo e diretor (realizador). O documentário pertence à série da PBS (Public Broadcasting Service) Great Performances: Dance in America e foi realizado por Judy Kinberg e escrito por William A. Henry III. VC 2020 TV 4/5

All That Jazz (Bob Fosse, 1979)

Há meses vi All That Jazz em dvd, agora não perdi a oportunidade de voltar a vê-lo numa sala com um grande ecrã (da cinemateca francesa). Parece que vi outro filme. Ainda melhor. Não creio que depois de All That Jazz tenha surgido um musical mais arrojado e importante. Tal como Woody Allen e Ingmar Bergman, no auge nos mesmos anos 70, Bob Fosse põe a morte no centro da sua obra, mas a partir da arte que ele domina melhor, o showbizz. Arte do entretenimento, arte feita para agradar ao público. A morte toma as formas atraentes de Jessica Lange, que provoca o coreógrafo interpretado por Roy Scheider, que não se deixa intimidar antes a tenta seduzir. Que ideia magnífica de falar do diálogo entre nós e a morte... O filme é extremamente original, mas irregular, e Fosse não recua perante nenhuma fonte que o possa inspirar: alta cultura (Vivaldi), publicidade, televisão, stand-up comedy, musical da Broadway... Os musicais dos anos 60 e 70 parecem ser sempre uma imitação dos musicais da idade de ouro de Hollywood, apenas Bob Fosse consegue evitar essa esterilidade e fazer algo novo, que só poderia ter sido feito no presente (do filme). E o melhor do filme talvez sejam mesmo os números musicais, alguns deles extraordinários. Paris 2017 5/5
All That Jazz é uma comédia musical produzida pela Columbia, com argumento de Robert Alan Arthur e Bob Fosse. Um musical maravilhoso e original sobre a criação artística, a vida e a morte. Filme de autor (coisa pouco comum na comédia musical), semi-autobiográfico, inspirado no filme Federico Fellini's 8½, conta a vida agitada e em permanente crise de Joe Gideon (Roy Scheider), bailarino, coreógrafo e realizador, a braços com graves problemas cardíacos. O filme recebeu a Palme d'Or de Cannes, foi nomeado para nove oscars, tendo recebido quatro, nomeadamente para Ralph Burns pela música. DVD 4/5

SWEET CHARITY (1966)

A OBRA (1966)
Cy Coleman

O ESPETÁCULO (Londres, 2016)

Sweet Charity é um clássico de Bob Fosse. Ele encenou e coreografou a criação na Broadway (1966) e depois (1969) transpôs para o cinema na sua primeira realização. O teatro Donbar propõe uma produção impecável com coreografia de Wayne McGregor e uma protagonista carismática e talentosa. O interesse por Charity continua mais de 50 anos depois... Londres 06.2019 Donbar 4/5

CINEMA (1969)

SWEET CHARITY (1969)
Sweet Charity começou por ser um musical de grande sucesso da Broadway, inspirado no argumento do filme Noites de Cabiria de Fellini. Protagonizou essa produção de 1966 Gwen Verdon, estrela dos palcos, mulher de Bob Fosse, que coreografou e encenou o espetáculo obtendo assim um triunfo pessoal. Sweet Charity conta a história de uma mulher otimista, generosa e crédula que procura desesperadamente o amor. O filme que se fez do musical ganhou o subtítulo esclarecedor The Adventures of a Girl Who Wanted to Be Loved. Bob Fosse conseguiu estrear-se na realização de filmes com Sweet Charity. Quando estreou, foi um flop e o realizador não teve no imediato mais ofertas de Hollywood. O segundo filme de Fosse é Cabaret, foi feito poucos anos mais tarde e revolucionou a comédia musical. Mas Sweet Charity parece-se demasiado com as velhas comédias de Hollywood, embora, a meu ver, seja um dos melhores musicais da década de 60. O melhor do filme são de facto as coreografias de Fosse, a música de Cy Coleman e Dorothy Fields e Shirley MacLaine. vc 08.2016 DVD 4/5
Esta edição de Sweet Charity tem bons extras. Para começar, um fim alternativo que foi filmado mas não foi escolhido para a montagem final. Há mais dois documentos da Universal, de 1969, portanto contemporâneos do filme. Um é o making of do filme, onde podemos ver Bob Fosse a falar do seu trabalho no filme e a dirigir as filmagens. Outro documento oficial é a apresentação/discussão dos figurinos por Edith Head.
Alternate End (Universal, 1969)
From Stage to Screen - A Director's Dilemma (Universal, 1969)
The art of Exageration. Designs for Sweet Charity by Edith Head (Universal, 1969)

DVD All That Jazz (1979)

Esta é a edição normal em DVD que circula desde 2003. Já existe, no entanto, uma edição mais recente (2014), com a imagem e o som remasterizados. Os extras (special features) da edição são os seguintes.
Theatrical Trailer 
Scene Specific Commentary by Roy Scheider 
(comentário de 23 cenas; gravado em 2001)
Interviews (3) with Roy Scheider 
Bob Fosse on Set 
(cinco clips de Fosse dirigindo o número "On Broadway")