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CHICAGO


O ESPETÁCULO (Lisboa, 2020)

Gabriela Barros e Miguel Raposo Chicago, o musical marcado pelo génio de Bob Fosse, tem uma versão em português que está a ser apresentada desde 2019 no Teatro da Trindade, em Lisboa. O sucesso é mais do que merecido e justificado, pois a encenação de Diogo Infante é boa (mas senti uma grande diferença em relação à produção que vi em Londres) e o trio protagonista é mais do que convincente: Gabriela Barros (Roxie Hart), Soraia Tavares (Velma Kelly) e Miguel Raposo (Billy Flynn). Lisboa 2020 Teatro da Trindade 4/5

Musical de John Kander, Fred Ebb e Bob Fosse 


O ESPETÁCULO
Chicago (Londres, 2017)

Era um sonho que arrastava há muitos anos: ver o musical Chicago num teatro. Conhecia o filme (de Rob Marshall), a música (de John Kander), o argumento (de Fred Ebb e Bob Fosse), as letras das canções (de Fred Ebb) e as coreografias de Bob Fosse, pelo disco, pelo vídeo, nas telas do cinema. Mas ver esta obra mestra da Arte americana do século 20 nas condições próximas daquelas em que foi criada, isso nunca me foi dado a ver. E de repente tudo fez sentido, Chicago como obra de teatro é mesmo qualquer coisa de único e de seminal. Como Lohengrin de Wagner que tinha visto no dia anterior. Há um antes e um depois destas obras, e não é possível fazer melhor. Não posso comparar esta produção londrina de 2017 com as anteriores e muito menos com a criação original; certamente houve intérpretes melhores para cada um dos personagens. E a coreografia de Bob Fosse, esse génio, é a que eu vi agora? Que importa, Chicago nesta montagem mostra de que é feita a sua notoriedade artística. A música de Kander & Ebb é aquela maravilha que conhecemos do disco e de outras obras. Mas não será a coreografia e o concept de Fosse o que mais marca Chicago? A dança e o movimento em geral são pouco considerados, mas em Chicago com o mínimo (um estalar de dedos, o estirar do braço, o sentar-se) obtem-se uma expressividade máxima. O palco é ocupado por um quadrado inclinado virado para o público, onde está a pequena orquestra de cabaré-jazz, e de onde saiem os personagens, que também podem sair dos lados do quadrado. Com poucos atores/cantores e um espaço reduzido para atuarem, consegue-se contar uma história sobre grandes criminosas dos anos 1920 que manipulam os media para obterem a celebridade e a absolvição pública e judicial dos seus crimes. Ver Chicago em cena foi uma experiência inolvidável. Londres, 2017 2 July, Phoenix Theatre 5/5

Company (Londres, 2018)

COMPANY (Stephen Sondheim, 1970)

Company é um dos melhores espetáculos que vi até hoje. Conhecia as famosas canções do musical através do disco (Company, You Could Drive a Person Crazy, The Ladies Who Lunch, Side by Side, Being Alive), agora elas ganharam todo o sentido no contexto para o qual foram criadas. Se as canções são memoráveis o score musical e o book de Company não ficam atrás. Company (1970) é uma obra-prima e um marco dos musicais. Tenho a impressão de que supera todos os musicais atualmente em cena no West End londrino. Mas Company 2018 é uma nova e revolucionária versão de Company 1970. O protagonista Bobby (Robert) agora é uma mulher (Bobbie) e entre os casais amigos de Bobbie existe agora um casal gay. Stephen Sondheim não só aprovou a mudança como efetuou as alterações necessárias ao libreto. Agora Company fala diretamente às novas gerações. Bobbie faz 35 anos e é tempo de fazer o balanço: da sua vida mas também dos seus amigos, todos casados. Londres, novembro de 2018 Gielgud Theatre 5/5 

Sondheim: Company (1970), direção de Marianne Elliott, com Rosalie Craig (Bobbie), Patti LuPone (Joanne), Mel Giedroyc (Sarah), Jonathan Bailey (Jamie), George Blagden (PJ), Ashley Campbell (Peter), Richard Fleeshman (Andy), Alex Gaumond (Paul), Richard Henders (David), Ben Lewis (Larry), Daisy Maywood (Susan), Jennifer Saayeng (Jenny), Matthew Seadon-Young (Theo) Gavin Spokes (Harry)