Trolls (Mike Mitchell, 2016)
Judy (Rupert Goold, 2019)
Judy é um retrato comovente de Judy Garland. Rupert Goold, diretor de teatro, adapta para cinema (com argumento de Tom Edge) a peça de teatro End of the Rainbow (Peter Quilter) e permite a Renée Zellweger (que recebeu o Golden Globe, o Oscar e o BAFTA) brilhar como nunca no papel da grande entertainer americana. Com Rufus Sewell, Finn Wittrock, Michael Gambon, Jessie Buckley, Bella Ramsey, John Dagleish. Produção da Pathé, BBC Films, Calamity Films e BFI. Paris 2020 Les Halles 3,5/5
Bete Balanço (1984)
Este filme é um marco do cinema brasileiro, mas não pelas suas qualidades cinematográficas. O filme lembra os pobres filmes musicais dos anos 80, como Flashdance, que marcaram muitos jovens mas nada trouxeram à arte do musical (na época só me lembro de um ou outro verdadeiramente notável, como One From the Heart ou Pennies From Heaven). Bete Balanço apanha a movida carioca no seu auge, com o brock explodindo. Um dos seus poetas, Cazuza, aparece no filme, como personagem e também atuando com o seu grupo Barão Selvagem. O filme aliás, segue o roteiro esquemático que os musicais nunca abandonaram desde o início do cinema sonoro. Uma jovem da província (Débora Bloch) vai tentar a sua sorte na grande cidade. Ela pretende ser famosa, talvez na música. O filme tem um ou outro video clip como se costumava fazer, em que ação para e a música domina. Este filme é precioso porque alguns artistas que ficaram davam aqui os primeiros passos. O filme não ganhou prémios e não subiu ao pódio, mas conquistou o público (1,3 milhão de espectadores) e o estatuto de clássico entre a geração que se reconheceu nele. Melun 2020 (3,5/5)
Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga (2020)
Camp (Todd Graff, 2003)
Camp retrata uma realidade bem americana, a os campos de férias de verão dedicados à montagem de espetáculos, onde tantos artistas se formaram. Os jovens deste campo são muito talentosos e apresentam grandes números dos musicais clássicos. Mas eles são antes de tudo jovens, com problemas de identidade e amor próprios da idade. Anna Kendrick, talvez ainda menor quando fez este filme, foi nomeada para o Independent Spirit Award for Best Debut Performance. O filme foi nomeado para o Golden Satellite Award nas categorias Best Original Score (Stephen Trask) e Best Original Song (Bob Telson and Lee Breuer pela canção “How Shall I See You Through My Tears”. VC 2020 (3/5)
Romance for Lovers (Andrei Konchalovsky, 1974)
Amor, Plástico e Barulho (2013)
Somebody Loves Me (Irving Brecher, 1952)
The Magic Riddle (1991)
Uma descoberta. O cinema de animação da Austrália. E um nome importante: Yoram Gross. De origem polaca criou os estúdios de animação com o seu nome que produziu ao longo do tempo filmes e séries de animação. The Magic Riddle estreou em França com o título La légende de Cindy, a protagonista desta história que entrelaça alguns contos célebres (não apenas a Cinderela, mas também Pinóquio e o Capuchinho Vermelho). A madrasta de Cindy é a personagem mais divertida, muito bem servida pela intérprete brasileira que lhe dá a voz na versão dublada A Charada Mágica. Mas o filme é um musical, com bastantes números musicais que fazem lembrar as obras-primas da Disney. A música é de Guy Gross (conhecido pela banda sonora de Priscisla rainha do deserto). Agora é só partir à descoberta do universo Yoram Gross. Melun 2020 TV 4/5
Paraíso Perdido (Monique Gardenberg, 2018)
Uma família gere um bar da noite com música ao vivo, música brega dos anos 1970, hoje justamente revalorizada. Mas os artistas do clube são alvo de preconceitos sociais e são constantemente ameaçados. Um polícia começa a frequentar o clube e torna-se guarda-costas de um dos cantores. Mas logo vai envolver-se com uma mulher dessa família, que tem uma ligação ao seu passado. O filme é envolvente e deixa a música respirar: é um musical. Entre os intérpretes estão Erasmo Carlos, Jaloo e Seu Jorge. A banda sonora esteve ao cuidado de Zeca Baleiro. VC 2020 3,5/5 Netflix
Bob Fosse: Steam Heat (1990)
The Prom (Ryan Murphy, 2020)
Apesar dos seus problemas (é longo demais e o argumento tem momentos menos bons), The Prom é um dos melhores musicais dos últimos anos. Quatro estrelas de primeira e segunda grandeza dos musicais da Broadway ficam sem emprego e decidem, durante noite de copos, ajudar uma estudante do interior do país a ir ao baile de formatura com a namorada. Mas a comunidade local não pretende alterar a tradição de uma formatura estritamente heterossexual. O filme adapta o musical da Broadway de Chad Beguelin, Bob Martin e Matthew Sklar, estreado em 2018. Para além das boas canções, são os atores que me fizeram gostar muito do filme, em especial Meryl Streep e Nicole Kidman. O restante elenco: James Corden, Keegan-Michael Key, Andrew Rannells, Ariana DeBose, Kerry Washington e Jo Ellen Pellman. VC 2020 Netflix 4/5
DVD Charlotte's Web (1973)
Banda sonora original de Charlotte's Web (1973). Canções dos irmãos Sherman: "There Must Be Something More", "I Can Talk!", "Chin Up!", "We've Got Lots in Common", "Deep in the Dark/Charlotte's Web", "Mother Earth and Father Time", "A Veritable Smorgasbord" e "Zuckerman's Famous Pig".