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THE COURT JESTER (1955)

Folheto da reposição do filme 20/12/2017

Danny Kaye é uma das grandes estrelas das comédias e dos musicais de Hollywood, e The Court Jester é certamente um dos seus melhores filmes. Gostei muito de o ver nesta comédia musical que vive sobretudo dos incríveis diálogos e das situações cómicas valorizadas por grandes atores (Cecil Parker, Edward Ashley, Glynis Johns, Basil Rathbone, Angela Lansbury, Mildred Natwick, Robert Middleton, Michel Pate, John Carradine). Penso tratar-se antes de mais de uma comédia swashbuckler (capa e espada) com canções (de  Victor Schoen). O filme foi produzido, escrito e realizado por Melvin Frank e Norman Panama e trata de uma corte inglesa minada pela corrupção e pela ambição, que tem no trono um rei ilegítimo, que vai ser deposto por um bando de ciganos da floresta que têm com eles um bebé que é o verdadeiro rei. Danny Kaye infiltra-se na corte como bobo do rei e resolve as coisas à sua desconcertante maneira, por vezes sob o efeito do poder da feiticeira local. O filme foi felizmente reposto em versão restaurada na sala parisiense Ecoles 21, distribuído pela Swashbuckler Films. Paris 12.2017 Ecoles 4/5
Le Bouffon du Roi
Estreia versão restaurada
20 de dezembro de 2017
Distribuidor: Swashbuckler Films
Sala: Écoles 21 (Paris 4e)

Parking (1985)

Filme de Jacques Demy

Este filme original, com algumas boas ideias, mas no geral problemático, traz o mito de Orfeu (e Eurydice) para o meio musical francês dos anos 1980. Francis Huster é um famoso cantor de rock-pop à francesa que perde a mulher Eurydice e resolve ir buscá-la ao além (Hades). A passagem para o outro mundo fica num parking. A magia dos filmes musicais mais antigos de Jacques Demy está ausente deste filme, que conta ainda assim com as canções e a música de Michel Legrand. Terei de ouvir mais vezes as canções para apreciar a sua justa qualidade, mas pessoalmente desagrada-me a roupagem pop-rock-variété dada às canções. Um musical que não ficou para a história. Paris  Ecoles 2,5/5

Peau d' âne (1970)

Filme de Jacques Demy

Jacques Demy adapta o conto Peau d'âne de Charles Perrault (1694) e não havia melhor realizador para fazê-lo. Demy volta a contar com a colaboração preciosa de Catherine Deneuve, no papel de protagonista, e de Michel Legrand, que assina a música. O filme tem um impacto visual impressionante em parte assente nos sumptuosos figurinos de Deneuve e dos reis (Jean Marais e Delphyne Seyrig). Não é um dos melhores filmes de Demy (mas foi o seu maior sucesso de bilheteira), não deixando de ser merecedor do culto que tem hoje entre os cinéfilos. Paris 2018 Ecoles 21: 3,5/5

The Blues Brothers (1980)

Realização: John LANDIS
Estreia nos EUA: 20/06/1980

Estreia em Portugal: 27/03/1981
O DUETO DA CORDA

Estreia no Brasil: 16/04/1981
OS IRMÃOS CARA DE PAU

Paris 2023 Écoles

Les Demoiselles de Rochefort (1966)

Esta é uma das melhores comédias musicais que conheço. Uma obra que não se confunde com os musicais americanos que são aliás a sua principal influência: a homenagem está no filme, na personagem de Gene Kelly, que volta a Rochefort para encontrar uma mulher da sua juventude. Mas no centro do filme estão as demoiselles do título, irmãs e artistas no filme e na vida real também (Catherine Deneuve e Françoise Dorléac). A cidade de Rochefort saiu imortalizada por este filme, pois o filme é quase todo filmado nas ruas (e na grande praça) da cidade. Ninguém mais ousa hoje pôr uma cidade a dançar e a cantar como Demy fez com Rochefort, Cherbourg (Les parapluies) ou Nantes (Une chambre en ville). 
Paris Le Nouveau Latina (2008) & Ecoles 21 (2008) 4,5/5

Yolanda ant the Thief (1945)

A história passa-se num país (caricaturado) da América Latina (que estava na moda em Hollywood nos anos 40), que mais parece uma monarquia governada pela família Aquaviva, que, na verdade, detém o monopólio da economia do país. A fortuna Aquaviva tem uma nova e jovem herdeira, Yolanda (Lucille Bremer), que sai do convento (ou de uma escola religiosa) diretamente para o mundo dos negócios. Aparece então um estrangeiro caça-fortunas, um americano obviamente (Fred Astaire), que se faz passar pelo anjo da guarda da jovem crente e consegue retirar-lhe a fortuna. Mas há um verdadeiro anjo (Leon Ames) por perto (os anjos também estavam na moda no cinema americano da época) que vai aproximar o vigarista e a vítima no sentido do amor, do casamento e da procriação. Estamos em pleno terreno da fantasia, que o cinema musical tantas vezes pisa, levada aqui longe demais, o que talvez explique o desastre comercial do filme na estreia. Mas hoje ele faz a delícia dos amantes das comédias musicais. Tem um grande momento musical no ballet do sonho (ou antes, pesadelo) de Astaire, com coreografia de Eugene Loring, que antecipa o ballet do sonho de Gene Kelly em Um Americano em Paris. Há cenas de comédia saborosas (a primeira visita de Astaire ao palácio de Yolanda) e os momentos musicais e de dança são maravilhosos. Já é bastante. Paris: Le Desperado (2013) & Ecoles 21 (2018) 4/5    

Yolanda ant the Thief (1945). Comédia musical. Realização: Vincente Minnelli. Produção: Arthur Freed (MGM). Argumento: Irving Brecher. Coreografia: Eugene Loring. Atores principais: Fred Astaire, Lucille Bremer, Frank Morgan, Mildred Natwick, Leon Ames. Música: Harry Warren, Lyrics: Arthur Freed.