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Road Dahl's Matilda the Musical (Matthew Warchus, 2022)

Londres 2023 BFI 3.5/5
Argumento de Dennis Kelly, baseado no musical de Dennis Kelly e Tim Minchin, que por sua vez adapta o romance Matilda (Roald Dahl, 1988).

Hello, Dolly (1969)

Realização de Gene Kelly 

Estreia nos EUA: 16/12/1969 

The Prom (Ryan Murphy, 2020)

Realização de Ryan Murphy
Estreia na Netflix: 11/12/2020

Apesar dos seus problemas (é longo demais e o argumento tem momentos menos bons), The Prom é um dos melhores musicais dos últimos anos. Quatro estrelas de primeira e segunda grandeza dos musicais da Broadway ficam sem emprego e decidem, durante noite de copos, ajudar uma estudante do interior do país a ir ao baile de formatura com a namorada. Mas a comunidade local não pretende alterar a tradição de uma formatura estritamente heterossexual. O filme adapta o musical da Broadway de Chad Beguelin, Bob Martin e Matthew Sklar, estreado em 2018. Para além das boas canções, são os atores que me fizeram gostar muito do filme, em especial Meryl Streep e Nicole Kidman. O restante elenco: James Corden, Keegan-Michael Key, Andrew Rannells, Ariana DeBose, Kerry Washington e Jo Ellen Pellman. VC 2020 Netflix 4/5

Oklahoma! (1955)

Realização: Fred Zinnemann
Estreia nos EUA: 17/11/1955

OKLAHOMA
Estreia em Portugal: 18/12/1956

GREASE (1978)

Realização: Randal Kleiser
Estreia nos EUA: 16/06/1978

BRILHANTINA
Estreia em Portugal: 11/05/1979
Realização: Randal Kleiser
Reprise em França: 13/02/2013
DF Park Circus France

A Chorus Line (Richard Attenborough, 1985)

A Chorus Line, o filme, não ficou para a história, nem sequer para a história dos musicais no cinema. Mas a versão teatral é um dos maiores êxitos de sempre da Broadway. O filme, porém, é muito pouco lembrado e quase só encontrei referências negativas. Mas eu gostei de o ver. Até revi várias sequências mais marcantes. A Chorus Line é um musical sobre a produção e arte dos musicais, um tema tão antigo quanto a história dos musicais no palco e no cinema. Um diretor (Michael Douglas) tem de escolher friamente, entre os bailarinos que se apresentam para uma audição, aqueles que farão parte de um espetáculo futuro. A história centra-se nas motivações e angústias dos bailarinos e passa-se no palco onde decorre a audição. Deve ter sido difícil transpor esta história para o cinema, de tão estática apesar do movimento constante dos dançarinos. A realização de Richard Attenborough não esteve à altura do potencial do original, ele não é de todo Bob Fosse. Já a música é memorável, em especial o clássico "One", de Marvin Hamlisch e Edward Kleban (que assinam todas as canções). O argumento é de Arnold Schulman, que adapta o musical homónimo (1975) de James Kirkwood Jr e Nicholas Dante. Atores: Michael Douglas (Zach, o coreógrafo), Alyson Reed (Cassie), Terrence Mann (Larry, coreógrafo asssistente), Sharon Brown (Kim, secretária de Zach). Visto em DVD: 3,5/5 
Números musicais:  
"I Hope I Get It" (com todo o elenco) 
"Who Am I Anyway?" (Paul) 
"I Can Do That" (Mike) 
"At the Ballet" (Sheila, Bebe e Maggie) 
"Surprise, Surprise" (Richie e os dançarinos) 
"Nothing" (Diana)  
"Dance: Ten; Looks: Three" (Val) 
"Let Me Dance for You" (Cassie) 
"One" (ensaio com todo o elenco) 
"What I Did for Love" (Cassie) 
"One" (Finale com todo o elenco)

Hair (Milos Forman, 1979)

Hair centra-se num pequeno grupo de hippies que vivem em Nova Iorque. Um dia encontram um jovem do interior do país que vai cumprir o serviço militar (os EUA estão em guerra), com o qual nada têm em comum. Porém, a amizade vai nascer entre eles. O filme consegue ser ao mesmo tempo uma crítica aos poderes instituídos e uma crítica ao próprio movimento hippie. Há números muito inspirados como o dos black boys/white boys  e a sequência final. Todavia, apesar do talento de Milos Forman, este filme parece-me um tanto datado, ou o problema sou eu, pois não me atrai minimamente o fenómeno hippie.. Paris, cinema Champo 3,5/5

Carousel (Henry King, 1956)

Caso para dizer, Carousel, o musical de Rodgers and Hammerstein (1945), é muito superior à sua adaptação cinematográfica pela Fox, com realização de Henry King. Isso acontece muitas vezes com os musicais. Em Carousel, estão duas das minhas canções americanas preferidas: Soliloquy e You'll Never Walk Alone. Competentes, os protagonistas Gordon MacRae e Shirley Jones não ficam na memória e resta-nos sonhar com a participação de Frank Sinatra, que estava prevista para ser o protagonista mas que ele à última hora recusou. Vila do Conde DVD 3/5

Pal Joey (George Sidney, 1957)

Pal Joey (1957) estreou pouco antes do Natal numa sala de Paris, numa cópia restaurada, em jeito de comemoração do centésimo aniversário de Frank Sinatra. E de facto ele é a estrela do filme, interpretando a personagem que dá título ao mesmo. Nunca tinha ouvido falar deste bom musical de Hollywood, mas conhecia a fama do musical homônimo da Broadway, que teve grande importância na consagração de gigantes como Gene Kelly e Bob Fosse. Nos palcos, Pal Joey é um dançarino,  enquanto no filme ele é um cantor, um crooner. E que crooner! Talvez seja o grande filme musical de Sinatra, que parece ter tido mais sorte com os filmes dramáticos. Ele canta maravilhosamente bem The Lady is a Tramp para (e inspirado pela personagem de) Rita Hayworth, que já não prima pela beleza que a consagrou. À época do filme Rita era a maior estrela da Colúmbia, mas isso não é visível. No filme ela faz de nova rica, com um passado pouco ilustre de entertainer de cabaré. Ela é a ruiva do título francês do filme: A Loira e a Ruiva. A loira leva a palma no coração de Sinatra e é encarnada por Kim Novak, que no final dos anos 50 teve o seu apogeu: Vertigo, Picnic. Este trio é realmente fabuloso, mas nem o argumento nem a realização contribuem para o filme voar mais alto. Na segunda metade dos anos 50  ainda havia o dinheiro, os meios e os atores para fazer grandes musicais, mas a partir daí seriam poucos os realmente inspirados. Pal Joey apresenta pois os defeitos dos musicais da época e dos anos vindouros: um gênero a viver do passado, que não consegue inspirar-se no presente. Os mega-musicais dos anos seguintes como My Fair Lady ou The Sound of Music também sofreram desse problema. Apesar destes limites, para um fã de musicais e/ou de Sinatra, é um deleite ver Pal Joey. Espero voltar a vê-lo outras vezes sendo um daqueles casos em que vale a pena ainda procurar um DVD se possível com extras e mais extras. Paris FQL 4/5

Into the Woods (Rob Marshall, 2014)


Into the Woods é originalmente um musical de Stephen Sondheim baseado num libreto de James Lapine. Foi criado em 1986 em San Diego e em 1987 na Broadway. Tem sido sucessivamente levado à cena em todo o mundo. No ano passado vi este musical no Théâtre du Chatelêt, numa excelente produção.  Foi a Disney que avançou para a adaptação cinematográfica de Into the Woods e não será alheio a essa decisão o facto de neste musical se cruzarem várias histórias infantis clássicas como O Capuchinho Vermelho e A Gata Borralheira, entre outras. Realiza o filme Rob Marshall, talvez o realizador atual mais celebrado na área das comédias musicais (é dele o famoso Chicago). Trata-se de uma das melhores comédias musicais dos últimos anos, embora esteja longe da qualidade das comédias musicais clássicas. Não há nada de verdadeiramente memorável neste filme, a não ser a própria música de Sondheim. A sequência de abertura é excelente, ficamos logo conquistados pelo poder da música e pela apresentação das personagens. Os atores são bons, sobretudo Meryl Streep e Emily Blunt, mas não existem hoje estrelas dos musicais como Judy Garland, Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Cyd Charisse, Leslie Caron, Liza Minnelli, entre outros, que tornavam o filme em que participavam inesquecível (nem sempre, claro). E não há sobretudo um Vincente Minnelli para evitar que o filme seja uma mera transposição para o cinema de uma comédia musical da Broadway. É o que este filme é, uma transposição bem conseguida de um clássico dos nossos tempos. Depois do inenarrável Les Misérables (2012), é bom ver uma comédia musical bem produzida e envolvente como esta. Ainda assim, a melhor que eu vi nos últimos anos continua a ser Hairspray (2007). Paris, Odeon 2015 Nota: 4/5