Perfect Pitch (2012), de Jason Moore, é um musical que teve grande sucesso nos Estados Unidos mas contou com limitada adesão no resto do mundo. Bebe na nobre tradição do musical e no mais recente e pouco apreciado gênero do teen-movie. Aliás o filme encerra uma homenagem a um dos mais famosos teen-movies dos anos 80, The Breakfast Club. No início do filme, numa das mais divertidas cenas, a líder de um grupo vocal feminino anula as hipóteses de continuar na competição ao vomitar sobre a plateia, um momento escatológico que remete para a comédia americana dos anos 90. O filme retrata o campus universitário americano através dos grupos de estudantes que se formam em torno de atividades musicais ou outras. É uma forma também de preparar os jovens para a competitividade profissional do futuro, lançando-os em torneios de grupos a capella, como neste filme.
Isso chega a ser mais evidente em Perfect Pitch 2 (Elizabeth Banks, 2015) em que se afrontam nos palcos o grupo americano das Barden Bellas e um grupo alemão. Mas esta sequela não tem o interesse do opus original, apesar de ter sido um sucesso de público muito superior ao primeiro. Tornou-se aliás na comédia musical que mais receitas gerou nas bilheteiras desde sempre. Vi os dois filmes numa sessão muito especial, na ante-estreia do segundo filme, no cinema Max Linder repleto de fãs de Perfect Pitch. Paris 2016 Max Linder