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Lost Horizon (1973)

Realização de Charles Jarrott
Estreia nos EUA: 17/03/1973

Bete Balanço (1984)

Filme de Lael Rodrigues
Estreia no Brasil: 30 07 1984

Este filme é um marco do cinema brasileiro, mas não pelas suas qualidades cinematográficas. O filme lembra os pobres filmes musicais dos anos 80, como Flashdance, que marcaram muitos jovens mas nada trouxeram à arte do musical (na época só me lembro de um ou outro verdadeiramente notável, como One From the Heart ou Pennies From Heaven). Bete Balanço apanha a movida carioca no seu auge, com o brock explodindo. Um dos seus poetas, Cazuza, aparece no filme, como personagem e também atuando com o seu grupo Barão Selvagem. O filme aliás, segue o roteiro esquemático que os musicais nunca abandonaram desde o início do cinema sonoro. Uma jovem da província (Débora Bloch) vai tentar a sua sorte na grande cidade. Ela pretende ser famosa, talvez na música. O filme tem um ou outro video clip como se costumava fazer, em que ação para e a música domina. Este filme é precioso porque alguns artistas que ficaram davam aqui os primeiros passos. O filme não ganhou prémios e não subiu ao pódio, mas conquistou o público (1,3 milhão de espectadores) e o estatuto de clássico entre a geração que se reconheceu nele. Melun 2020 (3,5/5) 

Bete Balanço (Lael Rodrigues, 1984). Produzido por Carlos Alberto Diniz, Ponto Filmes e CPC. Roteiro de Lael Rodrigues e Yoyo Wurch. Elenco: Débora Bloch, Diego Vilella, Lauro Corona, Cazuza, Maria Zilda, Andrea Beltrão, Hugo Carvana. Atuações musicais de Cazuza, Barão Vermelho, Lobão e os Ronaldos, Celso Bules Boy e Metralhatxeca. Prémio APCA de Melhor atriz (Débora Bloch). Trilha sonora do Barão vermelho e outros.

Somebody Loves Me (Irving Brecher, 1952)

Um simpático biopic musical inspirado nas vidas de Blossom Seeley e Benny Fields: a primeira foi uma grande estrela do vaudeville dos anos 1910 e 1920 e o filme centra-se claramente nela, já que é um veículo de Betty Hutton. Trata-se do seu último filme para a Paramount, foi produzido por William Perlberg e George Seaton, e tem música de Van Cleave. Melun 2020 TV 3/5

The Magic Riddle (1991)

Realização de Yoram Gross
Estreia na Austrália: 19 09 1991

Uma descoberta. O cinema de animação da Austrália. E um nome importante: Yoram Gross. De origem polaca criou os estúdios de animação com o seu nome que produziu ao longo do tempo filmes e séries de animação. The Magic Riddle estreou em França com o título La légende de Cindy, a protagonista desta história que entrelaça alguns contos célebres (não apenas a Cinderela, mas também Pinóquio e o Capuchinho Vermelho). A madrasta de Cindy é a personagem mais divertida, muito bem servida pela intérprete brasileira que lhe dá a voz na versão dublada A Charada Mágica. Mas o filme é um musical, com bastantes números  musicais que fazem lembrar as obras-primas da Disney. A música é de Guy Gross (conhecido pela banda sonora de Priscisla rainha do deserto). Agora é só partir à descoberta do universo Yoram Gross. Melun 2020 TV 4/5

Estreia no Brasil 1992

Estreia em França 1990s



Paraíso Perdido (Monique Gardenberg, 2018)

Estreia no Brasil: 31 05 2018

Uma família gere um bar da noite com música ao vivo, música brega dos anos 1970, hoje justamente revalorizada. Mas os artistas do clube são alvo de preconceitos sociais e são constantemente ameaçados. Um polícia começa a frequentar o clube e torna-se guarda-costas de um dos cantores. Mas logo vai envolver-se com uma mulher dessa família, que tem uma ligação ao seu passado. O filme é envolvente e deixa a música respirar: é um musical. Entre os intérpretes estão Erasmo Carlos, Jaloo e Seu Jorge. A banda sonora esteve ao cuidado de Zeca Baleiro. VC 2020 3,5/5 Netflix   

Elenco: Erasmo Carlos, Felipe Abib, Hermila Guedes, Humberto Carrão, Júlio Andrade, Lee Taylor, Majorie Estiano, Malu Galli, Seu Jorge, Jaloo, Julia Konrad.

Sonho de Verão (Paulo Sérgio Almeida, 1990)

Estreia no Brasil: 21 12 1990

Um filme feito para os mais jovens, crianças e adolescentes, que fizeram dele um enorme sucesso na estreia (na ordem do 1,5 milhão de espectadores). Produzido pela Xuxa e Diler Trindade, dois pesos-pesados da indústria brasileira de entretenimento. Um típico malandro carioca (Sérgio Mallandro) aproveita a viagem de um casal rico para ocupar-lhes a casa, fazendo-se passar por seu sobrinho. Ele pretende seduzir uma menina com essa ousadia mas a casa acaba por ser ocupada por um grupo de jovens que se dirigiam a uma colónia de férias. A música ocupa todo o filme e o elenco (incluindo as Paquitas e os Paquitos da Xuxa) canta muitas músicas pop, algumas más (ou mal interpretadas). Por vezes parece que estamos a ver um programa televisivo de domingo à tarde (e não estou a pensar na cena do Faustão...). Um filme marcante para os que o viram quando eram (muito) jovens. Para os outros não passa de uma curiosidade datada. Melun 2021 TV 1,5/5

O Miúdo da Bica (Constantino Esteves, 1963)

Um filme muito interessante, um biopic musical, diríamos hoje. A vida do fadista Fernando Farinha à luz dos valores caros ao Estado Novo. A vida de Farinha foi provavelmente mais feliz e mais bem sucedida do que o filme deixa adivinhar. O que se pretende filmar aqui é o Fado, o destino nas mãos de Deus, e a crença de que sem a família nada correrá bem. A decadência de Farinha nas últimas cenas tem fim com a reconciliação familiar e o regresso ao lar do filho pródigo. O filme diz-nos mais sobre o que as pessoas pensavam na altura do que do próprio Farinha. É verdade que há cenas (e atores) quase amadores, mas também há coisas memoráveis como Farinha criança e todos os momentos musicais. Melun 2021 TV 3/5

As canções do filme: Velho Fado (Júlio de Sousa, Armando Costa) Menina Da Bica (Casimiro Ramos, Fernando Farinha) É Natal (Artur Ribeiro, Fernando Farinha)  Cenário Da Minha Infância (Artur Ribeiro, Fernando Farinha). Interpretadas por Fernando Farinha e Sidónio Garcia, com o Conjunto de Guitarras de Raul Nery

O Ébrio (Gilda Abreu, 1946)

Estreia no Brasil:  28 08 1946

O Ébrio é um sucesso do cantor Vicente Celestino que virou uma peça de teatral e depois um filme de sucesso colossal, levando aos cinemas cerca de 5 milhões de espectadores. Foi realizado por Gilda Abreu, mulher de Celestino, num registo claramente popular. Mistura (melo)drama, comédia, musical, e ecoa a mentalidade popular da época, que viria a traduzir-se posteriormente nas chanchadas e nas novelas. O que eu mais gostei foi das cenas cómicas muito por causa do ator Walter D'Ávila que viria a ser nos anos 50 uma estrela das chanchadas. Ele é impagável e involuntariamente desequilibra o filme, quase sempre demasiado sério e pesado. Melun 2021 TV 3/5

Na Onda do Iê-Iê-Iê (Aurélio Teixeira, 1966)

Estreia no Brasil: 14 11 1966
O título do filme diz tudo: surfar na Na Onda do Iê-Iê-Iê atrai os milhões de jovens brasileiros atraídos pela nova música americana, o rock. O filme tem um enredo rasteiro e bobo: um jovem cantor tenta vencer um festival mas um rival vai fazer tudo para impedir isso. O filme só interessa pelos muitos números musicais, que não são muito bons aliás, mas transmitem a efervescência musical da época. Melun 2021 TV 2,5/5

Bonjour Sourire! (1956)

Claude SAUTET
Estreia em França: 29/02/1956

É o primeiro filme de Claude Sautet mas não antecipa em quase nada a sua obra futura. Trata-se de uma comédia musical com Annie Cordy e Henri Salvador como artistas de music-hall (ou seja, eles próprios) e também com Louis de Funès. Num pequeno país imaginário, a princesa local caiu numa profunda tristeza e nunca sorri. Então o noivo decide raptar quatro artistas cómicos para fazer a princesa rir. O mais interessante desta comédia que não me fez muito rir é a participação de Henri Salvador, que emula Nat King Cole e dá uma versão rock'n'roll de O que é que a Baiana tem? Melun 2021 TV 2,5/5



Lovestruck: The Musical (Sanaa Hamri, 2013)

A Disney consegue como ninguém misturar comédia, fantasia e musical num filme familiar, popular e de bom gosto. Este foi feito para a televisão mas o que importa? Jukebox musical com sucessos de Madonna, Whitney Houston ou Lady Gaga cantados pelos atores do filme, o telefilme impressiona por manter viva a tradição do musical que no cinema não consegue vingar. O argumento tem a assinatura de Terry Rossio (que escreveu Aladin e os Piratas das Caraíbas). A fantasia à la Disney está assegurada. Jane Seymour viaja para Itália para impedir o casamento da sua filha, que desistiu de protagonizar um musical coreografado pela mãe para se casar. Mas a mãe bebe um elixir da juventude e fica com 20 anos, podendo assim roubar o noivo à filha. As previsíveis complicações surgem, assim como o previsível desenlace, mas com vários bons números musicais no caminho. Muito bom. Melun 2020 (3,5/5)  

Lovestruck: The Musical (Sanaa Hamri, 2013), jukebox musical, ABC Family (Walt Disney), argumento de Jaylynn Bailey e Terry Rossio. Elenco: Drew Seeley (Ryan Hutton & Angus), Chelsea Kane (Harper Hutton & Debbie Hayworth), Sara Paxton (Mirabella Hutton), Alexander DiPersia (Marco Vitturi), Jane Seymour (Harper Hutton) e Tom Wopat (Ryan Hutton), Adrienne Bailon (Noelle).  

BSO: Just Dance (Harper), I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me) (Harper), Me Too (Stripped) (Mirabella Hutton, Marco), Like a Virgin (Mirabella, Noelle and Harper), How Can I Remember to Forget? (Mirabella), DJ Got Us Fallin' in Love (Ryan e Harper), Me Too (Main Mix) (Mirabella, Marco), Everlasting Love (Noelle, Mirabella, Marco e elenco), Here and Now (Ryan)