SHOW BOAT (J. Whale, 1936)
The Wizard of Oz (1939)
Foi com este filme (de Victor FLEMING) que começou o período mais glorioso dos musicais no cinema, com Arthur Freed como o grande arquitecto e Judy Garland a grande estrela feminina. Over the Rainbow recebeu o óscar (assim como a banda sonora), e tornou-se num dos grandes clássicos de Hollywood. Mas o melhor é mesmo a criação de um clássico do cinema para todas as idades a partir de um esquecido livro. Não é uma adaptação é uma criação superior a matéria de partida. Paris 2021 L'archipel 5/5
Sonho de Verão (Paulo Sérgio Almeida, 1990)
Um filme feito para os mais jovens, crianças e adolescentes, que fizeram dele um enorme sucesso na estreia (na ordem do 1,5 milhão de espectadores). Produzido pela Xuxa e Diler Trindade, dois pesos-pesados da indústria brasileira de entretenimento. Um típico malandro carioca (Sérgio Mallandro) aproveita a viagem de um casal rico para ocupar-lhes a casa, fazendo-se passar por seu sobrinho. Ele pretende seduzir uma menina com essa ousadia mas a casa acaba por ser ocupada por um grupo de jovens que se dirigiam a uma colónia de férias. A música ocupa todo o filme e o elenco (incluindo as Paquitas e os Paquitos da Xuxa) canta muitas músicas pop, algumas más (ou mal interpretadas). Por vezes parece que estamos a ver um programa televisivo de domingo à tarde (e não estou a pensar na cena do Faustão...). Um filme marcante para os que o viram quando eram (muito) jovens. Para os outros não passa de uma curiosidade datada. Melun 2021 TV 1,5/5
O Miúdo da Bica (Constantino Esteves, 1963)
Na Onda do Iê-Iê-Iê (Aurélio Teixeira, 1966)
The Barkleys of Broadway (1949)
Um casal de estrelas do musical (Fred Astaire e Ginger Rogers) conhece uma breve crise conjugal quando Ginger é seduzida e convencida por um jovem dramaturgo a tentar consagrar-se no teatro trágico. Um argumento ralo que apenas serviu para juntar a dupla maravilha Fred & Ginger no seu último e único filme a cores que fizeram juntos. O filme vale sobretudo pelos dois, sobretudo quando dançam juntos, e pela música de Harry Warren e Ira Gershwin. E, no entanto, no argumento desta comédia musical da MGM (produzida por Arthur Freed) temos os ases Betty Comden, Adolph Green e Sidney Sheldon. Let's dance! Paris 2014 Cinemateca Francesa 3/5
In The Heights (2021)
Realização de Jon M. Chu. Uma produção impecável (mas um pouco longa) que ressuscita com brio o savoir-faire dos musicais da antiga Hollywood. Mas tive uma impressão desagradável quando me lembrei, ao ver In The Heights, dos all-black movies de má memória. Passado nos EUA, o filme é 100% latino, facto reforçado pelo artificialismo próprio dos musicais. Talvez resida aí uma razão do seu insucesso. Os americanos querem ver um exotismo que fica ao dobrar da esquina? Paris 2021 Bercy 3,5/5