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BURLESQUE (2010)

REALIZADOR Steve Antin ARGUMENTO Steve Antin MÚSICA Christophe Beck ELENCO Christina Aguilera, Cher, Cam Gigandet, Stanley Tucci, Kristen Bell, Eric Dane, Alan Cumming GÉNERO Drama, Romance PRODUÇÃO De Line Pictures PALMARÉS Golden Globes: Prémio de melhor canção original ("You Haven't Seen the Last of Me"), nomeações para melhor filme musical ou de comédia e melhor canção original ("Bound To You")  ESTREIA 24.11.2010 (EUA) 30.12.2010 (Portugal)

CANÇÕES:
"You Haven't Seen the Last of Me", cantada por Cher, foi considerada a melhor nos Satellite Awards e nos Golden Globes.
"Bound To You", cantada por Christina Aguilera, foi nomeada para a melhor canção nos Golden Globes.

VISTO Paris 20.05.2025 Le Brady Cineclube

The Greatest Showman (2017)

Filme de Michael Gracey
O GRANDE SHOWMAN
Estreia em Portugal 28 12 2017
DP Big Picture

P. T. Barnum é um dos pioneiros do show bizz tal como o conhecemos hoje. Barnum começou por criar um circo muito especial, o Barnum & Bailey Circus, que propunha espetáculos com pessoas excepcionais, devido ao seu talento (trapezistas) ou a certas características físicas (a mulher barbuda, o anão). Depois tentou ser reconhecido pelas elites que o desprezavam, produzindo concertos e uma turné com a cantora lírica Jenny Lind. The Greatest Showman é então um biopic clássico de Barnum (abarca toda a sua vida) apresentado naturalmente como uma comédia musical. Há dois elementos que tornam o filme memorável: as canções de Pasek and Paul e a interpretação de Hugh Jackman. Não me lembro de conhecer tão bem a banda sonora de um filme antes de o ver, como aconteceu com The Greatest Showman. This is Me (recebeu já o Golden Globe for Best Original Song), Never Enough ou The Greatest Showman são canções que ouvi vezes sem conta e no filme têm uma presença que as valoriza ainda mais (sobretudo Never Enough, que Jenny Lind interpreta como hoje Adele interpreta as suas canções que galvanizam plateias). Como hoje a colheita de musicais é escassa e pouco atraente, filmes "apenas" bons como La La Land e The Greatest Showman salvam um pouco a honra deste género tornando-se por isso incontornáveis. Paris 4/5

Variações (João Maia, 2019)

Estreia em Portugal 22 08 2019

Judy (Rupert Goold, 2019)

JUDY (2019)
Estreia nos EUA:
Estreia em Portugal: 10 10 2019
DP: Outsider Films

Judy é um retrato comovente de Judy Garland. Rupert Goold, diretor de teatro, adapta para cinema (com argumento de Tom Edge) a peça de teatro End of the Rainbow (Peter Quilter) e permite a Renée Zellweger (que recebeu o Golden Globe, o Oscar e o BAFTA) brilhar como nunca no papel da grande entertainer americana. Com Rufus Sewell, Finn Wittrock, Michael Gambon, Jessie Buckley, Bella Ramsey, John Dagleish. Produção da Pathé, BBC Films, Calamity Films e BFI. Paris 2020 Les Halles 3,5/5

Amor, Plástico e Barulho (2013)

Realização de Renata Pinheiro
Estreia no Brasil 22 01 2015
Distribuidor: Boulevard Films
Estreia em Portugal 15 10 2020

Este filme acompanha um pequeno grupo de jovens que atua no circuito dos shows populares de Recife, Pernambuco, e também em emissões de televisões locais. A música a que se dedicam é o tecno brega, e a dança sensual das cantoras tem quase tanta importância quanto as suas qualidades vocais. É há também a briga constante entre os elementos do grupo, sobretudo entre divas. Destaque para a maravilhosa Jennyfer Caldas dos filmes de Kleber Mendonça Filho. Porto 2020 cinema Trindade 3/5

Aladdin (Guy Ritchie, 2019)

Mais uma vez a Disney recupera um clássico da casa, o musical de animação Aladdin (1992), e faz a partir dele uma versão em imagens reais. Conserva as canções de Alan Menken feitas para o filme de 1992, incluindo o clássico "A Whole New World" (que ganhou o Oscar e o Grammy para a melhor canção do ano) e acrescenta outras. Típico filme de entretenimento da fábrica Disney, peca por ser mais do mesmo, mas ainda assim com muitos momentos divertidos. Paris 3/5 

Argumento de Guy Ritchie e John August. Adaptação do filme de animação (Disney, 1992). Música de Alan Menken. Elenco: Will Smith (Génio), Mena Massoud (Aladdin), Naomi Scott (Princesa Jasmine), Marwan Kenzari (Jafar), Navid Negahban (o Sultão), Nasim Pedrad (Dália) e Billy Magnussen (Príncipe Anders).

Mary Poppins Returns (2018)

O REGRESSO DE MARY POPPINS
Realização: Rob Marshall
Estreia em Portugal: 20/12/2018
NOS Audiovisuais 

Para já ainda só vi O Retorno de Mary Poppins, versão em português de Mary Poppins Returns (Rob Marshall, 2018). Não apenas as falas como também as canções são em português (do Brasil) e o resultado é excelente. Para tal, a Disney recorreu a atores-cantores brasileiros com experiência em musicais (o Brasil é um dos principais produtores de musicais do mundo) como Bruna Guerin (Mary Poppins), Thiago Machado (Jack), Andressa Mazzei (Topsy), Leandro Luna (Michael Banks), além de Nicolas Cruz e Gigi Patta. Como o filme é muito bom, logo que possa vejo o original Mary Poppins Returns, com legendas. Brasil Salvador 4/5





A Star is Born (2018)

Realização de Bradley Cooper
Estreia nos EUA: 24/09/2018

Um dos melhores filmes musicais dos últimos anos, que se revê com prazer. Um remake à altura dos anteriores filmes nos quais se baseia. Paris 2018 & 2022 Archipel 4/5

Rags (2012)

Realização de Bille Wodruff

Estreia nos EUA: 28/05/28

Rags: O poder da música é uma atualização da história da cinderela para o meio da indústria musical hip-hop rap. O filme foi feito para a televisão (Nickleodeon) e tem como trunfo a música de Rodney Jerkins. Um rapaz quer ser cantor e conquistar o coração de uma estrela pop, mas para começar ele é apenas faxineiro na gravadora do pai da sua amada. Em casa, o aspirante a cantor tem a oposição do padrasto e dos dois meio-irmãos, que pretendem também tornar-se astros da pop. O filme é divertido e atualização da famosa história tem muito mérito. Melun 2021 TV 3,5/5 

Pitch Perfect 3 (2017)

Pitch Perfect 3 (realização de Trish Sie) fecha uma trilogia que não terá continuação, decisão sensata porque a fórmula esgotou-se. As Bellas, grupo universitário feminino a capella, passaram os três filmes em competições que obviamente venceram, de uma forma ou de outra. Em Pitch Perfect 3 o objetivo era serem escolhidas, entre város grupos, para fazer a primeira parte dos show de um DJ conhecido. No final, apenas Becca (Anna Kendrick) é escolhida mas a honra do grupo foi salva. A trilogia é um raro exemplo do buddy movie feminino, com muita comédia à mistura (especialidade de Rebel Wilson) mas sobretudo muitos números musicais, que substituem a ação dos buddy movies masculinos pois é através da música que a tensão entre os concorrentes se exprime e se resolve. Uma das melhores coisas destes filmes é a redescoberta de temas populares em versões bem diferentes das originais, como Freedom, de George Michael. Paris 2018 Bibliothèque 3/5 

Perfect Pitch 2 (2015)

Perfect Pitch (2012), de Jason Moore, é um musical que teve grande sucesso nos Estados Unidos mas contou com limitada adesão no resto do mundo. Bebe na nobre tradição do musical e no mais recente e pouco apreciado gênero do teen-movie. Aliás o filme encerra uma homenagem a um dos mais famosos teen-movies dos anos 80, The Breakfast Club. No início do filme, numa das mais divertidas cenas, a líder de um grupo vocal feminino anula as hipóteses de continuar na competição ao vomitar sobre a plateia, um momento escatológico que remete para a comédia americana dos anos 90. O filme retrata o campus universitário americano através dos grupos de estudantes que se formam em torno de atividades musicais ou outras. É uma forma também de preparar os jovens para a competitividade profissional do futuro, lançando-os em torneios de grupos a capella, como neste filme. 

Isso chega a ser mais evidente em Perfect Pitch 2 (Elizabeth Banks, 2015) em que se afrontam nos palcos o grupo americano das Barden Bellas e um grupo alemão. Mas esta sequela não tem o interesse do opus original, apesar de ter sido um sucesso de público muito superior ao primeiro. Tornou-se aliás na comédia musical que mais receitas gerou nas bilheteiras desde sempre. Vi os dois filmes numa sessão muito especial, na ante-estreia do segundo filme, no cinema Max Linder repleto de fãs de Perfect Pitch. Paris 2016 Max Linder

Pitch Perfect (2012)

Realização: Jason Moore
Estreia nos EUA: 5/10/2012

Perfect Pitch (2012), de Jason Moore, é um musical que teve grande sucesso nos Estados Unidos mas contou com limitada adesão no resto do mundo. Bebe na nobre tradição do musical e no mais recente e pouco apreciado gênero do teen-movie. Aliás o filme encerra uma homenagem a um dos mais famosos teen-movies dos anos 80, The Breakfast Club. No início do filme, numa das mais divertidas cenas, a líder de um grupo vocal feminino anula as hipóteses de continuar na competição ao vomitar sobre a plateia, um momento escatológico que remete para a comédia americana dos anos 90. O filme retrata o campus universitário americano através dos grupos de estudantes que se formam em torno de atividades musicais ou outras. É uma forma também de preparar os jovens para a competitividade profissional do futuro, lançando-os em torneios de grupos a capella, como neste filme. 

Isso chega a ser mais evidente em Perfect Pitch 2 (Elizabeth Banks, 2015) em que se afrontam nos palcos o grupo americano das Barden Bellas e um grupo alemão. Mas esta sequela não tem o interesse do opus original, apesar de ter sido um sucesso de público muito superior ao primeiro. Tornou-se aliás na comédia musical que mais receitas gerou nas bilheteiras desde sempre. Vi os dois filmes numa sessão muito especial, na ante-estreia do segundo filme, no cinema Max Linder repleto de fãs de Perfect Pitch. Paris 2016 Max Linder

Lovestruck: The Musical (Sanaa Hamri, 2013)

A Disney consegue como ninguém misturar comédia, fantasia e musical num filme familiar, popular e de bom gosto. Este foi feito para a televisão mas o que importa? Jukebox musical com sucessos de Madonna, Whitney Houston ou Lady Gaga cantados pelos atores do filme, o telefilme impressiona por manter viva a tradição do musical que no cinema não consegue vingar. O argumento tem a assinatura de Terry Rossio (que escreveu Aladin e os Piratas das Caraíbas). A fantasia à la Disney está assegurada. Jane Seymour viaja para Itália para impedir o casamento da sua filha, que desistiu de protagonizar um musical coreografado pela mãe para se casar. Mas a mãe bebe um elixir da juventude e fica com 20 anos, podendo assim roubar o noivo à filha. As previsíveis complicações surgem, assim como o previsível desenlace, mas com vários bons números musicais no caminho. Muito bom. Melun 2020 (3,5/5)  

Lovestruck: The Musical (Sanaa Hamri, 2013), jukebox musical, ABC Family (Walt Disney), argumento de Jaylynn Bailey e Terry Rossio. Elenco: Drew Seeley (Ryan Hutton & Angus), Chelsea Kane (Harper Hutton & Debbie Hayworth), Sara Paxton (Mirabella Hutton), Alexander DiPersia (Marco Vitturi), Jane Seymour (Harper Hutton) e Tom Wopat (Ryan Hutton), Adrienne Bailon (Noelle).  

BSO: Just Dance (Harper), I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me) (Harper), Me Too (Stripped) (Mirabella Hutton, Marco), Like a Virgin (Mirabella, Noelle and Harper), How Can I Remember to Forget? (Mirabella), DJ Got Us Fallin' in Love (Ryan e Harper), Me Too (Main Mix) (Mirabella, Marco), Everlasting Love (Noelle, Mirabella, Marco e elenco), Here and Now (Ryan)

Simonal (Leonardo Domingues, 2018)

Biopic de Wilson Simonal muito bem produzido embora nada arrojado  na abordagem do tema e na realização. O que interessa é traçar a trajetória exemplar de Simonal rumo ao sucesso e a sua queda artística e económica depois de ter sido acusado de passar informação à polícia da ditadura sobre o meio artístico. A ascensão de Simonal incomodava no Brasil da altura, pois nenhum negro tinha sido tão popular na música (apesar da grande figura de Grande Otelo no cinema) e num estilo que se desviava da música brasileira, abraçando o funk. Mas ele foi extremamente popular por ser cantor de génio que veio da favela e encontrar uma forma de cantar brasileira inconfundível. Bom filme. (2,5/5)  
Simonal (Leonardo Domingues, 2018), com Fabricio Boliveira (Simonal), Ísis Valverde, (Tereza), Leandro Hassum (Carlos Imperial), Mariana Lima (Laura Figueiredo), Caco Ciocler (Mário Borges).

The Lion King (Jon Favreau, 2019)

The Lion King, de Jon Favreau, é um remake fiel, em imagens (mais ou menos) reais, do clássico de animação da Disney (1994). O filme de 2019 vai tornar-se, penso, num clássico popular, daqueles que agradarão várias gerações, apesar dos senões da crítica. O filme é emocionante do princípio ao fim. E divertido. Na sessão a que assisti (Salvador, Center Lapa) as pessoas cantavam em uníssono as músicas, que conheciam certamente do Rei leão animado. Nunca vi nada de semelhante. Impossível passar ao lado deste filme tão especial. Salvador versão brasileira 4/5

Mamma Mia: Here We Go Again! (Oliver Parker, 2018)

Mamma Mia: Here We Go Again! (2018), com argumento do próprio realizador, Oliver Parker, é a sequela de Mamma Mia!(2008), enorme sucesso de bilheteira naquele ano. Este segundo filme está uns pontos abaixo do primeiro, devido sobretudo à ausência de novidade, mas também à ausência de Meryl Streep, que reinava sobre o elenco do primeiro filme. A personagem de Streep, Donna, faleceu faz um ano e a sua filha Sophie (Amanda Seyfried) decide reinaugurar a casa-hotel de Donna. Enquanto esperamos por esse dia, e perante a expectativa sobre quem aparecerá na festa (os três pais, o namorado, virão?), assistimos à história da jovem Donna (Lily James), ao seu envolvimento com três rapazes antes de se instalar na ilha grega para ter e criar a filha. Esta história, inspirada e fluente, é de Oliver Parker, Catherine Johnson e Richard Curtis, três britânicos. Johnson é a autora do livro que inspirou o musical londrino e escreveu o argumento do primeiro filme. Curtis assinou algumas das comédias românticas mais memoráveis desde os anos 90. Eles sabem o que fazem. No elenco, o destaque vai para Lily James, que dá vida à jovem Donna, e para Cher, que domina a sequência final com a sua voz grave e andrógina, que dá uma dimensão surpreendente às cancões dos Abba, normalmente associadas a timbres agudos e melodiosos. Obviamente que todo o encanto irresistível do filme assenta nas canções dos Abba, que resistem a qualquer canto amador. Foi um prazer ver este filme, mesmo na versão dobrada brasileira. Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo, agosto de 2018, em Salvador, Bahia 4/5 
Elenco: Donna (Meryl Streep), Sophie (Amanda Seyfried), jovem Donna (Lily James), Tanya (Jessica Keenan Wynn), Rosie (Alexa Davies), Harry (Hugh Skinner), Sam (Jeremy Irvine), Bill (Josh Dylan),  Dominic Cooper, Pierce Brosnan, Colin Firth.
Números musicais:
When I Kissed the Teacher (Young Donna and the Dynamos, Vice-Chancellor) 
I Wonder (Departure) (Young Donna and the Dynamos)
One of Us (Sophie, Sky)
Waterloo (Young Harry, Young Donna)
Why Did It Have to Be Me? (Young Bill, Young Donna, Young Harry)
I Have a Dream (Young Donna)
Kisses of Fire (Lazaros)
Andante, Andante (Young Donna)
The Name of the Game (Young Donna)
Knowing Me, Knowing You (Young Donna, Young Sam)
Mamma Mia (Young Donna and the Dynamos)
Angel Eyes (Rosie, Tanya, Sophie)
Dancing Queen (Sophie, Rosie, Tanya, Sam, Bill, Harry)
I've Been Waiting for You (Sophie, Rosie, Tanya)
Fernando (Ruby, Fernando)
My Love, My Life (Young Donna, Donna, Sophie) 
Super Trouper (Ruby, Donna, Rosie, Tanya, Sophie, Sky, Sam, Bill, Harry, Fernando, Young Donna, Young Rosie, Young Tanya, Young Bill, Young Sam, Young Harry) 
The Day Before You Came (Donna)

Ricki and the Flash (Jonathan Demme, 2015)

Ricki é a vocalista e líder de uma banda de rock americano. Mas de dia é caixa num supermercado. Muitos anos atrás ela abandonou os filhos pequenos para abraçar o sonho de uma carreira musical e afastar-se de uma vida burguesa. Mas agora que a filha está muito mal por ter sido abandonada pelo marido, Ricki vai aproximar-se da família, ex-marido e filhos, com os quais mantém relações distantes e tempestuosas. Temos matéria para um drama dolorido mas várias coisas desviam o filme deste registo. Há muitas cenas musicais, com Ricki e os Flash a tocarem num bar de amigos e no final no casamento do filho de Ricki. Talvez seja o melhor do filme. Joanathan Demme filma de forma brilhante as atuações do grupo e o ambiente do bar onde eles tocam. Não esqueço que Demme assinou um dos melhores filmes de concerto que conheço (Stop Making Sense, 1984) sendo por esse motivo o realizador ideal para este filme. Mas este filme não teria o interesse que tem (para mim) não fora a participação de Meryl Streep. Que outra atriz atual estaria à altura de tal personagem? Anti-burguesa, rebelde na forma de vestir e encarar a vida e a idade, mas moral e politicamente conservadora (aceita mal o filho gay), Ricki é uma personagem comovente que conquista facilmente o espectador. Mais uma vez, Meryl Streep é a alma de um filme. Paris: 4/5

Into the Woods (Rob Marshall, 2014)


Into the Woods é originalmente um musical de Stephen Sondheim baseado num libreto de James Lapine. Foi criado em 1986 em San Diego e em 1987 na Broadway. Tem sido sucessivamente levado à cena em todo o mundo. No ano passado vi este musical no Théâtre du Chatelêt, numa excelente produção.  Foi a Disney que avançou para a adaptação cinematográfica de Into the Woods e não será alheio a essa decisão o facto de neste musical se cruzarem várias histórias infantis clássicas como O Capuchinho Vermelho e A Gata Borralheira, entre outras. Realiza o filme Rob Marshall, talvez o realizador atual mais celebrado na área das comédias musicais (é dele o famoso Chicago). Trata-se de uma das melhores comédias musicais dos últimos anos, embora esteja longe da qualidade das comédias musicais clássicas. Não há nada de verdadeiramente memorável neste filme, a não ser a própria música de Sondheim. A sequência de abertura é excelente, ficamos logo conquistados pelo poder da música e pela apresentação das personagens. Os atores são bons, sobretudo Meryl Streep e Emily Blunt, mas não existem hoje estrelas dos musicais como Judy Garland, Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly, Cyd Charisse, Leslie Caron, Liza Minnelli, entre outros, que tornavam o filme em que participavam inesquecível (nem sempre, claro). E não há sobretudo um Vincente Minnelli para evitar que o filme seja uma mera transposição para o cinema de uma comédia musical da Broadway. É o que este filme é, uma transposição bem conseguida de um clássico dos nossos tempos. Depois do inenarrável Les Misérables (2012), é bom ver uma comédia musical bem produzida e envolvente como esta. Ainda assim, a melhor que eu vi nos últimos anos continua a ser Hairspray (2007). Paris, Odeon 2015 Nota: 4/5