Mostrar mensagens com a etiqueta Cinema G. Pop Rock. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cinema G. Pop Rock. Mostrar todas as mensagens

JERSEY BOYS (2014)

JERSEY BOYS (2014)
Bob Gaudio (música) e Bob Crewe (letras) criaram um jukebox musical sobre os Four Seasons, um quarteto de rapazes de New Jersey que nos deu pérolas pop dos anos 1960 como Sherry, My Eyes Adored You ou Can't Take My Eyes Off You. O musical estreou em 2005 e desde então percorre o mundo. Clint Eastwood, com a sua assinatura de prestígio, fez um filme baseado nesse musical e deu-lhe obviamente uma outra projeção. No entanto, trata-se de um dos mais fracos dos últimos filmes de Eastwood. Gostei do filme porque pude descobrir os rostos e as vidas por trás das canções fabulosas acima citadas. O rock-pop dos anos 1960 não está entre as minhas preferências, sobretudos nas interpretações originais de grupos vocais daquela época, mas reconheço que ao nível das composições já me sinto embalado. Há biopics melhores (inclusive de Eastwood) mas também os há bem piores. Paris 07.2014 NOTA:3/5

Trolls (Mike Mitchell, 2016)

TROLLS (2016)

Trolls foi uma boa aposta da Dreamworks (é o seu 33° filme), que entretanto já lançou uma sequela. A história de Erica Rivinoja (transposta por Jonathan Aibel e Glenn Berger) não é brilhante, mas adapta ao cinema os famosos bonecos Troll do dinamarquês Thomas Dam. Mas o grande achado do filme, para lá da fofura dos minúsculos herois, é tratar-se de um filme musical, que retoma conhecidas canções pop. A mais conhecida é Can't Stop the Feeling! (Max Martin, Shellback e Justin Timberlake), que ganhou o Grammy e foi nomeada ao Oscar, ao Golden Globe e ao World Soundtrack Award. Com bons números musicais, o filme voa acima da mediania. Melun 06.2020 (4/5)

Parking (1985)

Filme de Jacques Demy

Este filme original, com algumas boas ideias, mas no geral problemático, traz o mito de Orfeu (e Eurydice) para o meio musical francês dos anos 1980. Francis Huster é um famoso cantor de rock-pop à francesa que perde a mulher Eurydice e resolve ir buscá-la ao além (Hades). A passagem para o outro mundo fica num parking. A magia dos filmes musicais mais antigos de Jacques Demy está ausente deste filme, que conta ainda assim com as canções e a música de Michel Legrand. Terei de ouvir mais vezes as canções para apreciar a sua justa qualidade, mas pessoalmente desagrada-me a roupagem pop-rock-variété dada às canções. Um musical que não ficou para a história. Paris  Ecoles 2,5/5

Reefer Madness: The Movie Musical (Andy Fickman, 2005)


Tudo começou com um filme de propaganda dos anos 30 em que se exagerava de forma grotesca os malefícios da marijuana entre os jovens. Muito mais tarde surgiu uma comédia musical sobre esse filme e em 2005 fez-se para a televisão este filme que adapta a comédia musical numa veia muito próxima do cult The Rocky Horror Picture Show (1975).  As canções não ficam na memória mas funcionam bem na narrativa, pois é a farsa que conta, centrada num casal que planta cannabis em casa e atrai jovens para os viciar na erva. Um deles acaba por ser acusado de matar a namorada e é condenado à cadeira elétrica. Este musical entra pelo terreno gore, com cabeças cortadas, um coração arrancado, e muito muito sangue. Mortos e vivos cantam e dançam e o filme nunca se afasta daquilo que adivinhamos ser a comédia musical no teatro. Trata-se de um ponto fraco comum a muitos musicais adaptados da versão original concebida para o teatro. Mas a produção de musicais no cinema é tão escassa que os poucos filmes que aparecem merecem a atenção dos fãs do género. Reefer Madness merece mais do que um olhar curioso, à sua maneira marcou a produção do género na sua época. O flme estreou em França, mas teve muito poucos espectadores, que devem ter visto a mesma cópia que eu, em película. Não existe cópia digital, por isso é quase impossível ver este filme nas salas. Paris Christine 21 Ciné-club 3/5

Bete Balanço (1984)

Filme de Lael Rodrigues
Estreia no Brasil: 30 07 1984

Este filme é um marco do cinema brasileiro, mas não pelas suas qualidades cinematográficas. O filme lembra os pobres filmes musicais dos anos 80, como Flashdance, que marcaram muitos jovens mas nada trouxeram à arte do musical (na época só me lembro de um ou outro verdadeiramente notável, como One From the Heart ou Pennies From Heaven). Bete Balanço apanha a movida carioca no seu auge, com o brock explodindo. Um dos seus poetas, Cazuza, aparece no filme, como personagem e também atuando com o seu grupo Barão Selvagem. O filme aliás, segue o roteiro esquemático que os musicais nunca abandonaram desde o início do cinema sonoro. Uma jovem da província (Débora Bloch) vai tentar a sua sorte na grande cidade. Ela pretende ser famosa, talvez na música. O filme tem um ou outro video clip como se costumava fazer, em que ação para e a música domina. Este filme é precioso porque alguns artistas que ficaram davam aqui os primeiros passos. O filme não ganhou prémios e não subiu ao pódio, mas conquistou o público (1,3 milhão de espectadores) e o estatuto de clássico entre a geração que se reconheceu nele. Melun 2020 (3,5/5) 

Bete Balanço (Lael Rodrigues, 1984). Produzido por Carlos Alberto Diniz, Ponto Filmes e CPC. Roteiro de Lael Rodrigues e Yoyo Wurch. Elenco: Débora Bloch, Diego Vilella, Lauro Corona, Cazuza, Maria Zilda, Andrea Beltrão, Hugo Carvana. Atuações musicais de Cazuza, Barão Vermelho, Lobão e os Ronaldos, Celso Bules Boy e Metralhatxeca. Prémio APCA de Melhor atriz (Débora Bloch). Trilha sonora do Barão vermelho e outros.

Na Onda do Iê-Iê-Iê (Aurélio Teixeira, 1966)

Estreia no Brasil: 14 11 1966
O título do filme diz tudo: surfar na Na Onda do Iê-Iê-Iê atrai os milhões de jovens brasileiros atraídos pela nova música americana, o rock. O filme tem um enredo rasteiro e bobo: um jovem cantor tenta vencer um festival mas um rival vai fazer tudo para impedir isso. O filme só interessa pelos muitos números musicais, que não são muito bons aliás, mas transmitem a efervescência musical da época. Melun 2021 TV 2,5/5

Hairspray (2007)

Filme de Adam Shankman

Agora que revi Hairspray (vi-o na estreia em 2007 no UGC Les Halles) não tenho qualquer dúvida tratar-se de um dos musicais mais inspirados e mais encantadores dos útimos 20 anos. Tudo começou com o filme Hairspray, também musical, escrito e realizado por John Waters em 1988. Não foi um sucesso comercial mas tornou-se num filme de culto. Em 2002 foi transformado num musical da Broadway, mantendo as linhas gerais da história e as personagens, mas tanto quanto sei a música é completamente original, tendo sido composta para o musical da Broadway. Marc Shaiman compôs a música e escreveu as letras, escritas em colaboração com Scott Wittman. O filme de Adam Shankman adapta o musical da Broadway, que foi um enorme sucesso e continua a ser representado. Acredito que o filme mantem intactas as qualidades do musical. Uma história que mistura lutas sociais (raciais) com programas populares de televisão, mensagem social com entretenimento televisivo. Traci Turnblad é uma adolescente gordinha, de classe média-baixa, que vai lutar contra todos os preconceitos sociais e culturais dos anos 50, e triunfar sobre eles. Uma luta e ascensão pontuadas por grandes canções que aliam os géneros populares daqueles anos: soul, rock, pop. Um filme que vou querer rever mais vezes. Vila do Conde 4/5

Elenco: Nikki Blonsky (Tracy Turnblad), John Travolta (Edna Turnblad), Christopher Walken (Wilbur Turnblad), Michelle Pfeiffer (Velma Von Tussle), Zac Efron (Link Larkin), Brittany Snow (Amber Von Tussle)  

Números musicais: 
"Good Morning Baltimore" – Tracy (Nikki Blonsky)  "The Nicest Kids in Town" – Corny and Council Members (James Marsden)  "It Takes Two" – Link (Zac Efron)  "(The Legend of) Miss Baltimore Crabs" – Velma and Council Members (Michelle Pfeiffer) "I Can Hear the Bells" – Tracy (Nikki Blonsky)  "Ladies' Choice" – Link (Zac Efron)  "The Nicest Kids in Town (Reprise)" – Corny, Council Members, Penny, Edna, Wilbur (James Marsden)  "The New Girl in Town" – Amber, Tammy, Shelley, and The Dynamites (Brittany Snow)  "Welcome to the 60's" – Tracy, Edna, The Dynamites, and Hefty Hideaway Employees (Nikki Blonsky & John Travolta)  "Run and Tell That" – Seaweed, Little Inez, and Detention Kids (Elijah Kelley ft. Taylor Parks)  "Big, Blonde and Beautiful" – Motormouth (Queen Latifah)  "Big, Blonde and Beautiful (Reprise)" – Velma and Edna (Michelle Pfeiffer & John Travolta)  "(You're) Timeless to Me" – Wilbur and Edna (Christopher Walken & John Travolta)  "I Know Where I've Been" – Motormouth (Queen Latifah)  "Without Love" – Link, Tracy, Seaweed, Penny, and Detention Kids (Zac Efron, Nikki Blonsky, Elijah Kelley, Amanda Bynes)  "(It's) Hairspray" – Corny and Council Members (James Marsden)  "You Can't Stop the Beat" – Company (Nikki Blonsky, Zac Efron, Amanda Bynes, Elijah Kelley, John Travolta and Queen Latifah)  "Come So Far (Got So Far to Go)" (end credits) – (Queen Latifah, Zac Efron, Nikki Blonsky, and Elijah Kelley)  "Mama, I'm a Big Girl Now" (end credits) – Ricki Lake, Marissa Jaret Winokur, and Nikki Blonsky with Harvey Fierstein  "Cooties" (end credits) – Aimee Allen

Footloose (1984)

Realização de Herbert ROSS
Estreia nos EUA: 17/02/1984

Estreia em Portugal: 21/09/1984
 FOOTLOOSE - A MÚSICA ESTÁ DO TEU LADO

Estreia no Brasil: 13/07/1984
FOOTLOOSE - RITO LOUCO
Footloose respira os anos 80 por todos os poros. Tornou-se um filme de culto para os jovens desses anos e até deu origem a um musical em 1998 e a um remake em 2011. A música tem um papel de grande relevo em todos estes Footlooses, mas só conheço a banda sonora do filme de 1984, que tem hits como "Footloose", "I'm Free", "Holding Out for a Hero", "Girl Gets Around", "Let's Hear It for the Boys", "Somebody's Eyes". Nada disto é do meu gosto, são canções do rock americano menos interessante que se fazia na altura. Mas a música também tem um lugar central na história de Footloose. Um rapaz (Kevin Bacon) criado em Chicago vai viver para uma pequena povoação conservadora ao ponto de proibir aos seus jovens todo o género de bailes e a leitura de determinados livros (como o clássico Tom Sawyer). Ele e vários amigos (Lori Singer, Chris Penn, Sarah Jessica Parker) vão lutar para organizar um baile de debutantes, sobretudo contra o reverendo da povoação (John Lihtgow). Este filme tem o seu grande trunfo nos atores, pois quase todos fizeram carreiras interessantes. Gostei particularmente de ver Dianne Wiest e Sarah Jessica Parker. VC 2017 DVDTECA 3/5


Flashdance (1983)

Realizado por Adrian Lyne

Estreia nos EUA: 15/04/1983
Estreia em Portugal: 11/11/1983

Estreia no Brasil: 16/09/1983
FLASHDANCE - EM RITMO DE EMBALO

Juventude e Ternura (1968)

Aurélio TEIXEIRA

Wanderléa, Anselmo Duarte e Ênio Gonçalves interpretam o trio protagonista deste filme feito para surfar na onda da Jovem Guarda, da nova música rock brasileira dos anos 1960. Anselmo Duarte, contrabandista de whisky, vê Wanderléa num bar e investe na sua carreira de cantora. Ela ama o compositor das suas canções, cada vez mais populares, e afasta-se do empresário que a lançou. O filme é interessante por ser um musical típico destes anos onde a música tinha um papel fundamental na vida dos jovens e ser um fenómeno extremamente popular. Wanderléa era a grande figura da Jovem Guarda e no filme ela interpreta alguns dos seus grandes sucessos. Melun TV 3/5

Cazuza, o Tempo não Pára (2004)

Filme de Sandra Werneck e Walter Carvalho
Um dos meus biopics preferidos de sempre. Cazuza é o grande poeta, a par de Renato Russo, do rock brasileiro, e a qualidade e plasticidade das suas canções não param de ganhar versões não roqueiras, como confirma um disco deste ano de Leila Pinheiro e Roberto Menescal dedicado ao cancioneiro de Cazuza. Este foi também a primeira grande estrela brasileira a morrer de sida e a sua agonia foi mais ou menos pública. Bem, tudo isso (e muito mais) está no musical que foi feito (outro enorme sucesso nos teatros) e neste filme que foi consagrado pela Academia Brasileira de Cinema com 12 nomeações e com troféus para melhor filme, realizador, roteiro adaptado, fotografia e trilha sonora. Fernando Bonassi e Victor Navas escreveram o roteiro a partir do livro Cazuza, Só As Mães São Felizes, da mãe de Cazuza, Lucinha Araújo, e da jornalista Regina Echeverria. Um livro magnífico, aliás. No filme algumas das melhores cenas são as que juntam Cazuza (Daniel de Oliveira) e a sua mãe (Marieta Severo), assim como o seu pai (Reginaldo Faria). Ou seja, as cenas musicais (nos palcos e fora deles), as cenas entre amigos e as cenas familiares articulam-se muito bem, mas as cenas entre mãe e filho são justas e comoventes, são antológicas. Além disso, como filme que retrata uma época, os anos 1980, é inolvidável (destaque para a fotografia, que nada embeleza, de Walter Carvalho). Vi o filme apenas em 2009 (cinco anos após a estreia) no cinema Nouveau Latina, certamente no contexto do Festival de cinéma brésilien de Paris, pois o filme, fora do circuito de festivais, não se estreou, parece-me, em país nenhum. No Brasil estreou em 2004 e foi um enorme sucesso, com mais de três milhões de espectadores. Um excelente filme do mainstream brasileiro. Melun 2020 Youtube (4/5)  
Cazuza, o Tempo não Pára (Sandra Werneck e Walter Carvalho, 2004), produzido por Daniel Filho (co-produção Globo Filmes e Columbia TriStar Filmes do Brasil), roteiro de Fernando Bonassi e Victor Navas, adapta Cazuza, Só As Mães São Felizes (Lucinha Araújo e Regina Echeverria), com Daniel de Oliveira (recebeu os prémios da APCA e o Grande Otelo de melhor ator), Marieta Severo, Reginaldo Faria, Maria Flor.

Ricki and the Flash (Jonathan Demme, 2015)

Ricki é a vocalista e líder de uma banda de rock americano. Mas de dia é caixa num supermercado. Muitos anos atrás ela abandonou os filhos pequenos para abraçar o sonho de uma carreira musical e afastar-se de uma vida burguesa. Mas agora que a filha está muito mal por ter sido abandonada pelo marido, Ricki vai aproximar-se da família, ex-marido e filhos, com os quais mantém relações distantes e tempestuosas. Temos matéria para um drama dolorido mas várias coisas desviam o filme deste registo. Há muitas cenas musicais, com Ricki e os Flash a tocarem num bar de amigos e no final no casamento do filho de Ricki. Talvez seja o melhor do filme. Joanathan Demme filma de forma brilhante as atuações do grupo e o ambiente do bar onde eles tocam. Não esqueço que Demme assinou um dos melhores filmes de concerto que conheço (Stop Making Sense, 1984) sendo por esse motivo o realizador ideal para este filme. Mas este filme não teria o interesse que tem (para mim) não fora a participação de Meryl Streep. Que outra atriz atual estaria à altura de tal personagem? Anti-burguesa, rebelde na forma de vestir e encarar a vida e a idade, mas moral e politicamente conservadora (aceita mal o filho gay), Ricki é uma personagem comovente que conquista facilmente o espectador. Mais uma vez, Meryl Streep é a alma de um filme. Paris: 4/5

Cry-Baby (1990)

Realização: John Waters

Cry-Baby é uma comédia musical centrada na juventude dos anos 50 e o rock'n'roll nascente é a música predominante. A ideia de partida não é nada original: dois grupos de adolescentes, os drapes e os squares, vivem em confronto, que é agudizado quando um rapaz drape se apaixona e conquista uma moça square. Entre outros exemplos, West Side Story vem-nos à memória, para não sair da seara musical. Mas é a abordagem camp de John Waters que torna este musical diferente. A representação de certas personagens e situações são marcadas por um excesso pouco comum no cinema musical. Cry-Baby não foi um sucesso de bilheteira quando estreou, mas tornou-se com o tempo um filme de culto. TV 3/5

Ficha Técnica:  Realização: John Waters Produção: Rachel Talalay  Argumento: John Waters Intérpretes: Johnny Depp, Amy Locane, Polly Bergen, Susan Tyrrell, Iggy Pop, Ricki Lake, Traci Lords Música: Patrick Williams  Fotografia: David Insley 
Montagem: Janice Hampton  Produtora: Imagine Entertainmen, Universal Pictures Estreia: 6/04/1990