Mostrar mensagens com a etiqueta Cinema G. Animação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cinema G. Animação. Mostrar todas as mensagens

Tous en scène (Garth Jennings, 2016)

SING (2016)
É estranho começar o ano com duas boas comédias musicais, um género que tem andado desaparecido. Primeiro vi La La Land, agora foi a vez de Tous en scène (Sing), de que gostei ainda mais. Sing reatualiza a mais antiga e tradicional história das comédias musicais: é um filme sobre a montagem de um espetáculo musical que, depois de inúmeros obstáculos, é finalmente produzido com sucesso. Já vimos isto muitas vezes, e voltamos a ver e a maravilhar-mo-nos com essa mesma história quando o talento e a originalidade estão presentes. Sing é uma homenagem ao cinema musical mas talvez ainda mais à música pop. Pop universal, desde Sinatra a Queen, desde Jobim a Kate Perry, passando pela pop japonesa à pop cigana. Pode parecer indigesto, mas não é, faz lembrar uma juke-box com dezenas de canções, e a forma como são apresentadas no filme é simplesmente brillante. Sing é uma produção da Illumination, que nos tem dado filmes entediantes (os Minions) mas agora acertou em cheio. O filme foi nomeado ao Golden Globe em apenas duas categorias: melhor filme de animação e melhor canção original ("Faith", de Ryan Tedder, Stevie Wonder e Francis and the Lights). E teve uma única nomeação aos Annie para melhor música (Jody Talbot). Excelente. Paris 02.2017 4/5

Trolls (Mike Mitchell, 2016)

TROLLS (2016)

Trolls foi uma boa aposta da Dreamworks (é o seu 33° filme), que entretanto já lançou uma sequela. A história de Erica Rivinoja (transposta por Jonathan Aibel e Glenn Berger) não é brilhante, mas adapta ao cinema os famosos bonecos Troll do dinamarquês Thomas Dam. Mas o grande achado do filme, para lá da fofura dos minúsculos herois, é tratar-se de um filme musical, que retoma conhecidas canções pop. A mais conhecida é Can't Stop the Feeling! (Max Martin, Shellback e Justin Timberlake), que ganhou o Grammy e foi nomeada ao Oscar, ao Golden Globe e ao World Soundtrack Award. Com bons números musicais, o filme voa acima da mediania. Melun 06.2020 (4/5)

MULAN (1998)

MULAN (Tony Bancroft e Barry Cook,1998)
Mulan, uma bela jovem, para evitar que o seu velho pai vá para a guerra, veste-se de rapaz e vai no lugar dele. E assim começa um filme de aventuras que tem a mitologia da China como tema. Não está, longe disso, entre os meus filmes preferidos da Disney, apesar da qualidade habitual da sua produção. A música de Jerry Goldsmith foi nomeada (Best Original Score) para o Oscar e para o Golden Globe e ganhou o Annie. A canção "Reflection" foi nomeada (Best Original Song) para o Golden Globe. As músicas de Mulan são da autoria de Matthew Wilder (música) e David Zippel (lyrics). No total recebeu 10 Annies. VC 1.2018 DVDTECA 3/5

Quest for Camelot (1998)

(The Magic Sword: Quest for Camelot)
Realizado por Frederik Du Chau
Warner Bros.

Filme musical, de animação. Inspirado no romance The King's Damosel (Vera Chapman, 1976)
Estreia nos EUA: 15 de maio de 1998
Em Portugal: A ESPADA MÁGICA, 3 de julho de 1998
Em França: Excalibur, l'épée magique

Gay Purr-ee (1962)

Realização de Abe Levitow
Estreia nos EUA: 24 10 1962

QUE GATINHA...
Estreia no Brasil: 11 01 1963

The Magic Riddle (1991)

Realização de Yoram Gross
Estreia na Austrália: 19 09 1991

Uma descoberta. O cinema de animação da Austrália. E um nome importante: Yoram Gross. De origem polaca criou os estúdios de animação com o seu nome que produziu ao longo do tempo filmes e séries de animação. The Magic Riddle estreou em França com o título La légende de Cindy, a protagonista desta história que entrelaça alguns contos célebres (não apenas a Cinderela, mas também Pinóquio e o Capuchinho Vermelho). A madrasta de Cindy é a personagem mais divertida, muito bem servida pela intérprete brasileira que lhe dá a voz na versão dublada A Charada Mágica. Mas o filme é um musical, com bastantes números  musicais que fazem lembrar as obras-primas da Disney. A música é de Guy Gross (conhecido pela banda sonora de Priscisla rainha do deserto). Agora é só partir à descoberta do universo Yoram Gross. Melun 2020 TV 4/5

Estreia no Brasil 1992

Estreia em França 1990s



The Swan Princess (1994)

Realização de Richard Rich
Estreia nos EUA: 18/11/1994

Estreia no Brasil: 21/07/1995
A PRINCESA ENCANTADA

Far Longer than Forever (Lex Azevedo, music e David Zippel, lyrics), nomeada ao Golden Globe

The Lion King (2019)

O REI LEÃO
Realização: Jon Favreau
Estreia em Portugal:18/07/2019
Distribuidor: NOS Audiovisuais

DVD Charlotte's Web (1973)


Charlotte's Web é um filme musical de animação que adapta um famoso livro para crianças de E. B. White sobre a amizade entre uma menina e um porquinho, Wilbur, que por sua vez dá-se com outros animais da quinta, em particular com a aranha Charlotte. A hstória é dramática, pois Wilbur terá de ser vendido e depois morto, mas o seu destino é adiado porque ele poderá participar de um concurso realizado numa feira popular local. Mas no filme essa história cruel é atenuada pelas opções do argumentista Earl Hamner Jr. e pelas canções escritas pelos Sherman Brothers, célebres compositores da Disney (Mary Poppins). A música foi criticada na estreia, assim como o filme em si, mas eu gostei do que ouvi. O filme não aconteceu na estreia mas tem sido objeto de culto desde a sua recuperação pela televisão e pelo vídeo. Foi feita uma sequela diretamente para o vídeo: Charlotte's Web 2: Wilbur's Great Adventure (2003). Co-produção da Hanna-Barbera, Sagittarious e Paramount. Realização de Charles A. Nichols e Iwao Takamoto. Vila do Conde 2020 TV 3,5/5

Banda sonora original de Charlotte's Web (1973). Canções dos irmãos Sherman: "There Must Be Something More", "I Can Talk!", "Chin Up!", "We've Got Lots in Common", "Deep in the Dark/Charlotte's Web", "Mother Earth and Father Time", "A Veritable Smorgasbord" e "Zuckerman's Famous Pig". 

The Lion King (Jon Favreau, 2019)

The Lion King, de Jon Favreau, é um remake fiel, em imagens (mais ou menos) reais, do clássico de animação da Disney (1994). O filme de 2019 vai tornar-se, penso, num clássico popular, daqueles que agradarão várias gerações, apesar dos senões da crítica. O filme é emocionante do princípio ao fim. E divertido. Na sessão a que assisti (Salvador, Center Lapa) as pessoas cantavam em uníssono as músicas, que conheciam certamente do Rei leão animado. Nunca vi nada de semelhante. Impossível passar ao lado deste filme tão especial. Salvador versão brasileira 4/5

Dumbo (Walt Disney, 1941)

Quarta longa-metragem de Walt Disney, quarto clássico absoluto. Dumbo não teve os meios de produção dos anteriores Branca de Neve, Fantasia e Pinóquio, mas consegue manter as qualidades desses filmes. Os três primeiros longas adaptam obras da grande cultura europeia (no caso de Fantasia, obras de música clássica), Dumbo adapta uma história recente para crianças de Helen Aberson-Mayer. Uma história que se passa nos Estados Unidos. A história do pequeno elefante Dumbo, diferente dos outros pelas enormes orelhas com que nasceu. Essa diferença começa por causar-lhe grande sofrimento, pois é criticado por todos à exceção do único amigo que o apoia, o rato Timothy. Depois fica famoso porque consegue voar com as orelhas e ganha o respeito e a admiração de todos. O filme é um musical: a banda sonora ganhou o Oscar (Best Scoring of a Musical Picture), e uma canção (Baby Mine) foi nomeada para o Oscar de Best Original Song. Paris Montparnasse 2013 & Bibliothèque 2019: 5/5 

Dumbo foi o filme de Walt Disney que mais me marcou na infância. O pequeno elefante obrigado a saltar de um prédio em chamas não é imagem que uma criança esqueça facilmente. Revi há pouco o filme, na versão francesa, e verifiquei que é mais musical do que supunha. É a quarta longa-metragem da Disney e foi feito para cobrir as perdas provocadas pelo filme anterior da produtora, Fantasia. É um filme muito curto (1 hora), foi distribuído pela RKO Pictures e é um dos melhores filmes de Disney, com um par de personagens inesquecíveis (Dumbo e o ratinho Timothy) e algumas sequências de antologia. Paris 2018 Nouvel Odeon 5/5

The King and I (Richard Rich, 1999)

The King and I (1999) é uma longa metragem de animação que adapta o célebre musical homónimo de Oscar Hammerstein II & Richard Rodgers (1951). Este filme de animação foi mal recebido na estreia, mas as críticas foram injustas. Pelo menos para os fãs dos musicais, rever a história de Anna e o Rei de Sião, com as músicas de Rodgers bem interpretadas, será sempre fonte de prazer. A qualidade do desenho e mesmo do argumento (de Peter Bakalian, Jacqueline Feather e David Seidler) está longe das obras correntes da Disney (trata-se aqui de uma produção independente da Morgan Creek), mas as cenas que envolvem os animais, por exemplo, são muito engraçadas. Um bom filme que merece ser revalorizado. Vila do Conde 3/5
As canções de Oscar Hammerstein II & Richard Rodgers:
I Whistle a Happy Tune (Anna, Louis, Coro)
Hello, Young Lovers (Anna)
Getting to Know You (Anna, as crianças)
Shall I Tell You What I Think of You? (Anna)
A Puzzlement (Rei) 
I Have Dreamed (Chulalongkorn, Tuptim)
Prayer to Buddha (Rei, Anna) 
Anna Remembers/Shall We Dance Fantasy (Anna)
Shall We Dance? (Finale) (Anna, Rei) 
I Have Dreamed/We Kiss in a Shadow/Something Wonderful 
(cantado por Barbra Streisand nos créditos finais)

Rock-Doodle (Don Bluth, 1991)

Flyer da reposição nas salas (2018) 
Rock-a-Doodle é uma pequena pérola do cinema de animação dos anos 90. Vale bem a pena revê-lo ou descobri-lo agora. É um filme que propõe a interação entre imagens e personagens reais e outras em desenho animado. Mas esse não é um dos seus trunfos. O filme inspira-se numa personagem criada por Edmond Rostand no século 18: o galo Chantecler. Na sua aldeia, ele tem a função e a fama de anunciar o nascimento do dia, mas uma manhã ele falha na sua missão e então parte, humilhado, para a grande cidade, onde se torna numa grande estrela de rock'n'roll. No campo, forças do mal e da escuridão destroem a natureza e ameaçam a vida das pessoas e dos animais. Alguns destes partem em busca de Chantecler para que este lhes livre dos demónios da noite. O filme dura pouco mais de setenta minutos, por isso não há momentos mortos e aborrecidos e há lugar para algumas canções. A versão francesa a que assisti é  esmerada, com versões das canções feitas por Boris Bergman (a partir das canções originais de  T.J. Kuenster) e cantadas por Eddy Mitchel e Lio, entre outros. Eis as canções com os respetivos intérpretes franceses. Rock O' Rico (Eddy Mitchell), Sacré soleil (Eddy Mitchell) Ergomane (Eddy Mitchell), Nage ou coule (Lio & Paul Ives), Plus rien sans elle (Eddy Mitchell & Lio), Chien perdu sans lacets (Philippe Dumas), A bas le soleil (Tom Novembre & Le chœur des Chouettes), La Complainte du Grand Duc (Tom Novembre), Tweedle Lee-Dee (Tom Novembre & Le chœur des Chouettes), Un chouette pique-nique (Tom Novembre & Le chœur des Chouettes) e Le Chant du videur (Le chœur des Videurs). Paris 3,5/5

Aladdin (1992)

Não me lembro de ter visto este filme quando estreou. Vi-o agora em DVD, numa edição especial que para os fãs tem, entre outros bónus, várias canções que foram eliminadas da versão comercial do filme. Alladin (1992), realizado por John Musker e Ron Clements, é uma comédia musical, uma das melhores das últimas décadas (não há muitos concorrentes). A música fabulosa é de Alan Menken e as letras das seis canções retidas são de Howard Ashman e Tim Rice. Dois óscares consagraram a música do filme, nas categorias de Original Score e de Best Song ("A Whole New World"), tendo a canção "Friend Like Me" também recebido uma nomeação para Best Song. Mas a razão do sucesso artístico do filme (foi igualmente um enorme sucesso de público) não reside apenas na música, mas igualmente no argumento e na construção das personagens. Há pouco vi o clássico da Disney Robin Hood cujo interesse, a meu ver, repousa na dupla cómica do rei e do seu conselheiro (a serpente). Também em Alladin, as personagens principais (Alladin e a princesa Jasmine) perdem, em termos de sedução, para o Génio da Lâmpada e para o vilão Jafar. O trabalho de animação em torno destas personagens cheias de vida é uma maravilha que a revisão do filme não deve pôr em causa. Um clássico que está quase a fazer 25 anos. VC 2016 DVD 5/5

Prémios: melhor filme (Saturn Fantasia, Annie, nomeado ao Oscar, Hugo e ao Golden Globe), melhor canção original (Oscar, Golden Globe, Grammy, ASCAP), e melhor BSO (Oscar, Grammy e nomeada para o BAFTA e Saturn).

The Jungle Book (1967)

The Jungle Book (Wolfgang Reitheman, 1967) inspira-se na famosa obra de Rudyard Kipling, mas o filme está mais para Disney do que para Kipling. Houve um primeiro argumento com tons sombrios que foi recusado por Walt Disney e fez-se por fim uma obra mais solar com canções alegres e ritmadas pelo jazz. Para além da música instrumental assinada por George Bruns, o filme conta com oito canções originais, sendo sete dos Sherman Brothers e uma de Terry Gilkyson. Várias personagens (Mowgli e alguns animais da selva) têm direito a uma canção que os identifica e este lado musical é um dos mais notáveis deste clássico. Julgo nunca ter visto antes este filme, pelo menos em adulto. Vi-o agora na sala Grand Action, numa sessão bastante concorrida pela criançada. Claro que nunca tinha visto a versão francesa em que mesmo as canções são adaptadas para o francês. Tudo muito inspirado, embora não possa comparar com o original. Revisitar estes clássicos Disney vale sempre a pena e compensa as decepções com os modernos blockbusters de animação. Paris 2015 Le Grand Action 5/5