Mostrar mensagens com a etiqueta Teatro França. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Teatro França. Mostrar todas as mensagens

IRMA LA DOUCE (1956)

Alexandre Breffort e Marguerite Monnot
Irma la Douce, o filme de Billy Wilder com as estrelas de Hollywood Shirley McLaine e Jack Lemmon, é certamente mais célebre do que a comédia musical francesa que o inspirou. Fui ver ontem a nova produção desta conhecida comédia musical assinada por Alexandre Breffort, com música de Marguerite Monnot, e que foi criada em Paris, no Théâtre Gramont em 1956. A encenação e a interpretação não estão, porém, à altura da importância desta obra, que em 1958 foi estreada (numa versão em inglês) no West End de Londres, encenada por Peter Brook e que teve um grande sucesso. Tenho pouca experiência em assistir a comédias musicais no teatro e apenas posso comparar com as que tenho visto no Théâtre du Chatelet, quase sempre americanas e clássicas. por isso me pareceu a música de Irma la Douce um pouco pobre no que respeita aos arranjos. Mas gostei muito das melodias e certamente são elas que estão na origem do sucesso desta obra. Os intérpretes-cantores são bons, embora um deles, num papel de segundo plano me parece ter roubado o protagonismo dos intérpretes principais. Cheguei a pensar tratar-se de Boy George (!) pela voz grave e bela e indefinida em termos de género. Mas foi quando, chegando a casa, fui ver no YouTube canções de Irma la Douce por intérpretes dos anos 50/60, que me apercebi da maravilha que são as canções da peça. Ouvi maravilhado a canção Irma la Douce por Patachou e por Colette Renard e descobri duas excelentes cantoras. Com intérpretes da sua categoria esta comédia teria hoje outro impacto. Parece que descobri uma arte do passado que dificilmente será retomada. O que vi ontem não foi excelente mas permitiu-me conhecer uma obra clássica de grande qualidade. Paris 10.2015 Théâtre de la Porte Saint-Martin NOTA: 4/5

LES MISÉRABLES (1980)

A OBRA:

MÚSICA: Claude-Michel Schönberg LIVRET: Alain Boublil, baseado no romance de Victor Hugo (Les Misérables, 1862) LYRICS (em inglês): Herbert Kretzmer CRIAÇÃO: Paris 24.09.1980 Palais des Sports

O ESPETÁCULO (Paris, 2024)

Encenação: Ladislas Chollat DIREÇÃO MUSICAL: Alexandra Cravero e Charlotte Gauthier CENÁRIOS: Emmanuelle Roy FIGURINOS: Jean-Daniel Vuillermoz COREOGRAFIA: Romain Rachline Borgeaud INTÉRPRETES: Benoît Rameau (Jean Valjean) ; Sébastien Duchange (Javert), Claire Pérot (Fantine), David Alexis (Monsieur Thénardier), Christine Bonnard (Madame Thénardier), Juliette Artigala (Cosette), Jacques Preiss (Marius), Océane Demontis (Éponine), Stanley Kassa (Enjolras), Maxime de Toledo (L'évêque de Digne), Paul Wandrille Charbonnel, Liam Jabnoune, Victor Bigot, Gaspard de Cerner (Gavroche) ; Maëlys O Neil, Louise Monteil, Bertille Grégoire, Iris Monzini (Cosette enfant), Émilie de Froissard, Suzanne Bafaro, Roxane Carbonnier, Penny Padilla (Éponine enfant) ESTREIA: Paris, Théâtre du Châtelet 11.2024 VISTO: Paris 1.12.2024 T. Châtelet NOTA: 4/5


O ESPETÁCULO (Londres, 2017)

Na minha última incursão a Londres, com a Royal Opera House de férias, aproveitei para ver musicais, género que pouco frequento. Optei por dois dos maiores musicais contemporâneos, que arrastam multidões há anos: The Phantom of the Opera e Les Misérables. Fiquei relativamente indiferente a ambos, isto é, não me entusiasmaram a ponto de querer voltar a vê-los, como sempre me aconteceu quando vi os musicais clássicos que o Châtelet (Paris) apresentou durante anos (42nd Street, An American un Paris, Into the Woods, Singin' in the Rain, etc.). E no entanto The Phantom e Les Misérables já são clássicos contemporâneos, com qualidades indiscutíveis. Como os musicais antigos, Les Misérables tem um gancho na lindíssima I Dreamed a Dream, cuja melodia invade o score. A maquinaria em cena, os cenários, os movimentos dos grupos em cena, tudo concorre para tornar o espetáculo atraente mas não memorável (para mim). Londres 09.2017 NOTA: 3/5

LES PARAPLUIES DE CHERBOUR (2014


Qualquer cinéfilo conhece a obra-prima musical francesa Les Parapluies de Cherbourg (1964) de Jacques Demy. Beleza em estado puro, para quem é amante de musicais. Passados 60 anos, sobe ao palco do Théatre du Châtelet uma versão cénica em que brilha a maior cantora lírica francesa Nathalie Dessay, que até há pouco, marcava presença nos maiores teatros de ópera do mundo. Mas para mim, o grande triunfo deste musical é a partitura de Michel Legrand, que dirigiu a orquestra e foi justamente ovacionado no iníco e do final do espetáculo. O sucesso da peça, que fica em cartaz mais dois dias, é confirmado pela reação entusiástica do público. Muito bom. Paris 2014 Châtelet 4/5