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Carmen Miranda Foi a Washington (1999)

CARMEN MIRANDA FOI A WASHINGTON (1999)
Autora: Ana Rita Mendonça
Record 1999
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The Girl With the Million Dollar Legs (1997)

The Girl With the Million Dollar Legs (1997)
Autor: Tom McGee
Vestal Press 1997
BIBLIOTECA P
Outra edição
Welcome Rain (Paperback) 2009 NT

Joan Blondell. A Life Between Takes (2007)

Ensaio de Matthew Kennedy
Unversity Press of Mississipi 2007
(Paperback)
BIBLIOTECA P
Leitura: 07/2024 4/5

 

The Fred Astaire & Ginger Rogers Book (1972)

Ensaio de Arlene Croce
NYC, Galahad Books Hardback 1972
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NT
NT

Sinatra! The Song is You

Ensaio de Will Friedwald
Scribner 1995
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Bing Crosby. Crooner of the Century (2003)

Ensaio de Richard Grudens
Celebrity Profilés Publishing 2003
BIBLIOTECA

Fred & Ginger (2007)

Ensaio de Hannah Hyam
Pen Press Publishers 2007
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Astaire The Biography (Tim Satchell, 1987)

Ed. Hutchinson 1987 (Hardback)
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Fosse (Sam Wasson, 2013)

Uma leitura que me ocupou dois verões, o de 2016 e este. São 700 páginas, incluindo 100 de notas, para dar conta de uma vida dedicada à arte da dança, da coreografia, do teatro, do cinema, e em todas essas áreas Bob Fosse marcou os que com ele trabalharam/viveram e o público amante dessas artes. Fosse tinha dúvidas quanto a ser um artista ou não mas não parou muito para tirar isso a limpo, pois o trabalho não o largava (ou vice-versa). Sam Wasson tem aquele dom dos americanos e ingleses em não recuar perante o objetivo de escrutinar uma vida nos seus mais pequenos pormenores, que são bem vindos particularmente quando o que está em causa é a gestação, sempre complexa e fugidia, de grandes obras como Cabaret, Chicago, Pippin, Lenny, All That Jazz, Sweet Charity... Uma leitura nem sempre fácil mas sempre empolgante. VC 2016 & 2017 (5/5)

Gotta Sing, Gotta Dance: A History of Movie Musicals (John Cobal, 1971)


O melhor deste livro é a enorme quantidade de ilustrações a preto e branco, as centenas de fotos dos musicais no cinema que nos presenteia. A obra relata a história do cinema musical não só nos EUA mas também na Europa. Como foi escrito bem no fim dos anos 60, uma parte dessa história ficou de fora. Curiosamente, o último filme que Cobal elogia e defende como trazendo algo de novo ao cinema musical (Sweet Charity, 1969), é de um realizador que iria fazer os melhores filmes musicais do futuro: Bob Fosse. Mas o melhor pertencia ao passado, em particular à década de 40, durante a qual o mercado foi inundado por musicais da Fox e da MGM, quase sempre com muito sucesso, e muitas vezes com qualidade superior (sobretudo as produções de Arthur Freed na MGM). No geral, os comentários e a apreciação de Cobal dos filmes são muito bons, mas custou-me verificar que ele minimiza dois dos meus musicais preferidos: Gentlemen Prefer Blondes e Guys and Dolls. Dirigidos por dois génios, Hawks e Manckiewicz, que se notabilizaram noutros géneros de filmes, estes dois filmes são hoje admirados pelas suas qualidades de realização, aspecto poucas vezes admirado nos musicais (a grande exceção são os filmes assinados por Minnelli). Leitura empolgante. Póvoa de Varzim 2018   5/5

The Films of Ginger Rogers

A coleção The Films of é antiga mas é ótima. Por ordem cronológica desfilam todos os filmes de Ginger Rogers, uma das melhores American girls segundo Hollywood. Os filmes que fez com Fred Astaire são os melhores, mas ainda participou em bons filmes dramáticos e comédias, assinados por Howard Hawks ou Billy Wilder. Que maravilhosa carreira! Londres/Paris 2022 4,5/5 BIBLIOTECA 


Betty Grable,The Reluctant Movie Queen (1982)

Betty Grable,The Reluctant Movie Queen
Autor: Doug Warren
Robson Books, 1982
Uma boa biografia de Betty Grable, estrela maior dos musicais de Hollywood. Foi uma das mais famosas Fox Girls (como Alice Faye e Marilyn Monroe). Mas Betty levou dez anos a atingir o estrelato. Começou no cinema em 1930, tinha treze ou catorze anos, e em 1941 com Down The Argentine Way, tornou-se uma estrela da Fox, a única à altura da rainha Alice Faye (o filme também revelou Carmen Miranda). Foram muitos anos de formação, treino e apuramento de uma artista completa, que brilharia apenas no tecnicolor da Fox. Foi brevemente (dois anos no máximo) contratada pela Paramount, RKO e Fox e foi por fim nesta, sob a direção de Darryl Zanuck, que se tornaria numa das Fox girls. Nos anos 30 contracenou mais de uma vez com Fred Astaire e Ginger Rogers e outros astros da época, mas ficara sempre à sombra deles. Teve publicidade extra quando se casou com Jackie Coogan, um dos herdeiros mais assíduos dos tabloides, e mais publicidade teve com o processo que Jackie fez contra a família que lhe negou a herança.  Durante a segunda guerra mundial, Betty Grabble atingiu o pico de popularidade. A sua foto de pinup, requisitada por milhões de soldados, foi uma das imagens mais populares do período e Betty tornou-se a estrela número um de Hollywood, em termos salariais. Os seus filmes arrasavam na bilheteira mas nunca viram quaisquer distinções. Darryl Zanuck tentou fazê-la estrelar um drama para mudar a sua imagem de pinup, mas Betty recusou e continuou a ser a rainha das comédias musicais da Fox, onde os seus atributos físicos eram muito bem aproveitados. Nos anos 50 o seu reinado acabou e em 1955 fez o seu último filme, quando ainda era jovem. Darryl Zanuck mantinha sempre umas loiras jovens preparadas para tomar o lugar da sua mina de ouro e foi assim que Marilyn Monroe tomou o lugar de Grable. Esta lutou para ter o papel de Lorelei, em Gentlemen Prefer Blondes, mas foi Marilyn que o conseguiu. As duas protagonizaram How to Marry a Millionaire (junto com Lauren Bacall), e Betty ensinou Marilyn alguns truques para melhorar a sua prestação. Antes do filme estrear, Betty rasgou o contrato que ainda lhe assegurava cinco anos na Fox, e Zanuck elevou Marilyn a estrela principal do filme no genérico. Nos restantes quinze anos de vida, Betty fez televisão e sobretudo teatro musical, onde brilhou, por exemplo em Guys and Dolls, que lhe escapara no cinema (faltou a uma entrevista com Samuel Goldwyn por ter levado o cão ao veterinário, e o mogul eliminou-a prontamente), Hello Dolly ou Born Yesterday. Adorei ler esta biografia. Caxinas 4,5/5

Singin' in the Rain (Peter Wollen, 1992)


Singin' in the Rain (Peter Wollen, 1992)
CANTANDO NA CHUVA (1992)
Ed. Rocco 1995
BIBLIOTECA

Singin' in the Rain (1992)
BFI Film Classics, 2012

Singin' in the Rain (Peter Wollen, 1992)
BFI Film Classics, 1992
NT


Under the Rainbow - The Real Liza Minnelli (George Mair, 1996)

Numa pesquisa rápida que fiz na net, verifiquei que esta biografia escrita por George Mair há 20 anos, permanece a mais recente biografia de Liza Minnelli e talvez a melhor, apesar dos seus defeitos. Nunca poderia constituir uma biografia de referência, porque há aspectos importantes da carreira da artista que são simplesmente ignorados; é o caso dos seus discos de estúdio. A grandeza de Liza reside nos seus shows e nas gravações ao vivo e é ponto assente que os seus álbuns de estúdio não espelham o talento que ela demonstra em palco, perante uma plateia. Mas isso não é razão para ignorá-los. De resto, o autor traça em poucas páginas o essencial da vida de Liza, e da sua carreira também: grande destaque é dado à relação com a mãe, Judy Garland, e à sua turbulenta vida amorosa. Afinal onde reside o génio de Liza Minnelli? Não é no cinema (apesar dos clássicos Cabaret e New York, New York) nem na música, mas sim na arte do showbizz tipicamente americano (nova-iorquino?), que exige a combinação de uma série de elementos como a dança, o canto, a interpretação, o star carisma, e uma capacidade de comunicação excecional com o público. Tudo isto Liza Minnelli dominava como poucos nos seus tempos áureos. Quanto à edição que tenho, gosto especialmente do livro-objecto: tem a qualidade dos hardbacks americanos, neste caso ilustrado com muitas e excelentes fotografias.VC 3/5 BIBLIOTECA 

Barbra Streisand (2007)

Barbra Streisand é uma das últimas estrelas que brilhou na comédia musical (na Broadway e em Hollywood) e na canção popular com igual brilho, na linha de Judy Garland. Hoje já não há lugar para essas estrelas completas. Tenho uma admiração muito relativa por Barbra (prefiro sem dúvida Judy) mas interessava-me muito conhecer a sua biografia. É sempre fascinante conhecer os pormenores da ascensão de uma estrela no mundo competitivo das artes do espetáculo. Barbra, que nasceu no início da segunda guerra, de pais judeus, ficou órfã de pai ainda criança. Teve uma infância e uma adolescência difíceis, rodeada de pobreza e de falta de amor e de compreensão. A mãe negou-lhe qualquer incentivo aos seus desejos artísticos. E no colégio o seu talento não era reconhecido (foi rejeitada ou ignorada pelos grupos de teatro e de canto). Foi a sua persistência que a levou ao estrelato. Este consolidou-se rapidamente em várias frentes: nos concertos de pequenas salas, nos palcos da Broadway, na indústria discográfica, nos especiais para a televisão e, por fim, em Hollywood. Muitas vezes, desde o início, teve o controlo artístico dos projetos em que se meteu e tudo fazia para não permitir que ninguém brilhasse ao seu lado. Por isso ganhou o desprezo de quase todos os seus colegas. Na década de 70 foi recordista de vendas de discos, aproximando-se da música pop. O seu álbum de maior sucesso dividiu-o com o Bee Gee Barry Gib. Evitou participar em filmes musicais, depois de se ter tornado uma estrela com o filme de estreia, Funny Girl, logo seguido por Hello Dolly! e Melinda. E em 1983 produziu, escreveu, realizou e protagonizou Yentl, um musical com canções compostas por Michel Legrand e escritas pelos Bergman. Esta primeira biografia francesa de Barbra é baseada em material previamente publicado e aborda com ligeireza os principais acontecimentos da vida da cantora. Paris 2, 5/5

Sinatra (Anthony Summers & Robbyn Swan, 2005)

Edição francesa: Denoël, 2006
Edição original: Sinatra, the Life (2005)
Precisei de um mês para ler esta notável biografia de quase 600 páginas sobre Frank Sinatra. A obra alicerça-se numa investigação irrepreensível sobre factos difíceis de abordar com objetividade que se podem resumir em dois campos: a vida amorosa e a relação com a Máfia. Em ambos os casos as revelações, para mim, são devastadoras. Nunca mais olharei para Sinatra com a admiração que antes lhe dedicava. O seu legado na música e no cinema permanece intocável e digno de admiração para mim. Mas o mesmo não posso dizer em relação ao ser humano. Ao longo da vida Sinatra não só sentiu fascínio pela Máfia, como mimetizou alguns dos seus comportamentos (ameaças e ataques físicos, por exemplo), procurou a amizade de alguns chefes da Máfia, serviu de intermediário para fazer chegar o dinheiro desta organização às campanhas de políticos, serviu-se deles para singrar profissionalmente, investiu em hotéis como sócio dos mesmos, etc.. Obviamente negou sempre qualquer ligação à Máfia. Não me lembro de ter lido biografia de artista (e li muitas) cujo biografado saísse tão chamuscado... pelo menos para mim. Esta biografia é dececionante se estivermos à espera de grandes incursões sobre o génio musical de Sinatra. Ou sobre o seu trabalho em Hollywood. Tudo isso deve ser procurado noutras obras. Não penso que isto menorize o trabalho de Anthony Summers, que de forma assumida privilegiou a vida e não a arte, o ser humano e não o artista. Em suma, foi uma leitura empolgante e rica em surpresas. Paris 4/5 BIBLIOTECA 

Astaire. The Man, the Dancer (Bob Thomas, 1984)

Tradução francesa na edição de bolso: Ramsay Poche Cinema, 1991
Astaire. The Man, the Dancer (1984) é uma biografia de Astaire escrita pelo seu amigo de longa data Bob Thomas. Trata-se de uma obra de leitura muito agradável, que pretende traçar a vida e a carreira do grande dançarino nos seus aspetos essenciais. Como uma das grandes fontes do livro foi o próprio Astaire, a biografia está cheia de comentários retirados das entrevistas feitas por Thomas ao seu amigo. Não é uma biografia exaustiva, que implicaria uma pesquisa mais ampla junto de fontes primárias, mas é sufientemente desenvolvida para satisfazer qualquer curioso e qualquer fã. 
Fred Astaire teve uma das carreiras mais assombrosas de Hollywood e da Broadway, primeiro como par da irmã Adele (na Broadway, anos 20), depois como par da atriz Ginger Rogers (no estúdio RKO, Hollywood, anos 30), e a partir do final dos anos 30 trabalhou para vários estúdios tendo dançado com Rita Hayworth, Judy Garland, Leslie Caron, Audrey Hepburn ou Cyd Charisse. No final dos anos 50, entrou em vários filmes não musicais e foi premiado como ator dramático. Unanimemente é considerado o maior nome da comédia musical americana, o maior dançarino de sempre, e mesmo o mundo da dança (clássica e contemporânea) o considera um dançarino excecional. 
Tradução francesa: edição Ramsay Cinema, 1987

Carmen (Ruy Castro, 2005)


Carmen, de Ruy Castro, é um dos melhores livros escritos no Brasil sobre personalidades da música ou do cinema. E Carmen Miranda é um dos brasileiros que mais mereciam um trabalho desta envergadura. Nos anos 30 ela foi a maior cantora brasileira, era muito popular e ao mesmo tempo amada pelos compositores mais exigentes. Ninguém como ela traduzia a brejeirice e a malícia de muitos sambas da época. Era uma enorme intérprete das composições populares mais extrovertidas, mas nunca foi uma cantora de voz extensa. As composições mais líricas não eram o seu forte. Mas as gravações que deixou são um tesouro da cultura brasileira.
Em 1939, com o sucesso retumbante de O que é que a baiana tem?, de Dorival Caymmi, foi convidada pelos americanos a actuar nos Estados Unidos. Nunca mais voltaria a trabalhar com continuidade no Brasil e nunca mais gravou nada de relevante assim que começou a sua carreira americana. Passou a ser então uma genial entertainer no país que levou mais longe este perfil artístico sui generis. Talvez Carmen nunca tenha sido tão impressionante e genial como nos palcos. Na América não foi nem uma grande cantora, nem uma grande atriz, mas durante alguns anos (coincidentes com a segunda guerra) foi um dos artistas mais bem pagos do showbizz.
Para além das gravações de discos no Brasil (anos 30), o outro legado de Carmen que chegou até nós foram os musicais da Fox. Foi uma das rainhas do tecnicolor durante a guerra e a sua presença nos filmes era e é impagável e inacreditável. Lutou muito para não ser reduzida pela máquina de Hollywood a mais uma morena latina (de língua espanhola) histérica e irracional. Propôs e construiu a sua própria máscara, exótica, kitsch e excessiva. Era puro entertainment. Leitura: maio de 2015 Nota: 5/5 BIBLIOTECA