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Biblioteca Alan Jay LERNER

Alan Jay Lerner. A Biography (1996)
Autor: Henry Holt
1996 1st ed
BIBLIOTECA

JEROME KERN

Jerome Kern: His Life and Music (1978)
Autor: Gerard Bordman
Hard-back OUP 1980
BIBLIOTECA

Biblioteca IRVING BERLIN

As Thousands Cheer:
The Life of Irving Berlin (1990)
Autor: Laurence Bergreen
Edição 1991
BIBLIOTECA

IRVING BERLIN (1974)
Autor Michael Freedland
W.H. Allen 1974
BIBLIOTECA

Pick Yourself Up (2010)

Pick Yourself Up:
Dorothy Fields and the American Musical (2010)

Autor: Charlotte Greenspann

Oxford UP 2010

BIBLIOTECA 

The Man That Got Away (2015)

The Man That Got Away:
The Life and Songs of Harold Arlen
Autor: Walter Rimler
University of Illinois Press 2015
BIBLIOTECA

The Girl With the Million Dollar Legs (1997)

The Girl With the Million Dollar Legs (1997)
Autor: Tom McGee
Vestal Press 1997
BIBLIOTECA P
Outra edição
Welcome Rain (Paperback) 2009 NT

Joan Blondell. A Life Between Takes (2007)

Ensaio de Matthew Kennedy
Unversity Press of Mississipi 2007
(Paperback)
BIBLIOTECA P
Leitura: 07/2024 4/5

 

Sinatra! The Song is You

Ensaio de Will Friedwald
Scribner 1995
BIBLIOTECA


Bing Crosby. Crooner of the Century (2003)

Ensaio de Richard Grudens
Celebrity Profilés Publishing 2003
BIBLIOTECA

Cole Porter The Definitive Biography (1998)

Livro de William McBrien
BIBLIOTECA

Richard Rodgers fez alguns dos musicais mais perfeitos, e as canções que hoje ouvimos dele são devedoras do contexto teatral em que foram criadas. Mas Cole Porter, que também produziu quase sempre para o teatro, viu as suas canções se emanciparem dessa origem e tornarem-se canções jazz e pop cantadas por imensos artistas que com frequência lhe têm dedicado songbooks. Cole Porter não tinha parceiros, era o autor absoluto, autor da música e das letras e também por essa razão os seus musicais não são tão memoráveis quanto os que Rodgers concebeu com os seus parceiros Hart e Hammerstein II. A grande exceção é evidentemente Kiss Me, Kate, obra-prima teatral de Cole Porter.  Porter nasceu em berço de ouro, teve educação universitária e desde os tempos de estudante mostrou vocação para o songwritting e para o espetáculo. Casou-se com uma milionária mais velha do que ele e o casal era um dos mais colunáveis da sociedade americana e europeia  dos anis 20, e dividia o seu tempo entre os dois continentes. Durante cerca de dez anos Porter escreveu musicais mas não teve êxito. Foi com o seu regresso definitivo aos EUA que começou o longo período (anos 30, 40 a 50) em que inundou os teatros e a rádio com dezenas de grandes canções. Porter teve uma vida dupla, pois foi casado sempre com a mesma mulher, mas manteve uma vida homossexual agitada e nada discreta. Hollywood nos anos 40 fez um biopic de Porter e claro, este não podia reconhecer-se naquela personagem (com os traços de Cary Grant) e história falsas, pois a parte mais profunda do seu ser era escamoteada. Paris, dezembr de 2017  5/5

Somewhere for Me - A Biography of Richard Rogers (2001)

Bloomsbury 2001
BIBLIOTECA

Meryle Secrest escreveu uma obra de referência sobre o grande compositor de musicais Richard Rodgers. A vida e a carreira de Rodgers coincidem com a grande época dos musicais americanos (dos anos 20 aos 60) e bastaria um dos seus dois grandes períodos criativos, o da parceria com Lorenz Hart e o da parceria com Oscar Hammerstein II, para ser considerado um dos maiores compositores de sempre. É maravilhoso seguir com pormenores a relação profissional e de amizade entre Rodgers e os seus dois companheiros e sobre o contexto de criação das obras que assinaram. Há um aspecto pouco explorado no livro que me deixou curioso. Que outro tipo de música interessava Rodgers? Afinal foi ele quem levou mais longe a aproximação que se faz entre o musical e a ópera. Seguiria ele a evolução deste género erudito? Por essa e outras razões não só releria esta obra com prazer como leria outras sobre Rodgers (a sua autobiografia já está na calha das minhas leituras). Paris, dezembro de 2017 5/5

Stephen Sondheim: A Life (1998)

Biografia escrita por Meryle Secrest
BIBLIOTECA

Sem dúvida uma das melhores leituras de 2020. A consultar e a reler, se possível. Não há muito a dizer sobre a vida privada de Stephen Sondheim, que viveu quase sempre só, esquivou-se o quanto pôde da afirmação e vivência da sua (homo) sexualidade, manteve uma relação muito tensa com a mãe (evitou quase sempre o contacto com ela, cortando praticamente com ela nos últimos anos da vida dela). Mas sobre a obra magnífica de Sondheim o livro até chega a ser breve. Para mim ele foi o maior sucessor dos grandes compositores da Broadway dos tempos áureos:  Berlin, Porter, Styne, Rodgers. Desde que escreveu as letras de West Side Story (música de Leonard Bernstein) não parou de fornecer ao teatro musical americano algumas das suas mais perenes obras: Follies, Company, Into the Woods, A Sunday with George, A Little Night Music. À excepção de Follies, vi os outros musicais em excelentes produções que muito me marcaram. O livro é rico em informações que ajudam a contextualizar essas e outras obras. Por exemplo, ignorava que A Sunday with George fora produzido na Off Broadway depois do flop de Merrily We Roll Along. Sondheim fez um musical que nada tinha a ver com o que se via na Broadway. Reinventou o musical, como já tinha reinventado 10 anos antes com Company (talvez o meu preferido dele). Sunday marcou também o início da sua colaboração com James Lapine, autor do book dos seus musicais seguintes. Antes o parceiro privilegiado tinha sido Hal Prince. Merrily... interrompeu essa colaboração e Prince teve uma segunda vida de sucesso com Lloyd Webber. Tal como Sondheim com Lapine. Excelente leitura.  VC 2020 5/5

Astaire The Biography (Tim Satchell, 1987)

Ed. Hutchinson 1987 (Hardback)
BIBLIOTECA 

Fosse (Sam Wasson, 2013)

Uma leitura que me ocupou dois verões, o de 2016 e este. São 700 páginas, incluindo 100 de notas, para dar conta de uma vida dedicada à arte da dança, da coreografia, do teatro, do cinema, e em todas essas áreas Bob Fosse marcou os que com ele trabalharam/viveram e o público amante dessas artes. Fosse tinha dúvidas quanto a ser um artista ou não mas não parou muito para tirar isso a limpo, pois o trabalho não o largava (ou vice-versa). Sam Wasson tem aquele dom dos americanos e ingleses em não recuar perante o objetivo de escrutinar uma vida nos seus mais pequenos pormenores, que são bem vindos particularmente quando o que está em causa é a gestação, sempre complexa e fugidia, de grandes obras como Cabaret, Chicago, Pippin, Lenny, All That Jazz, Sweet Charity... Uma leitura nem sempre fácil mas sempre empolgante. VC 2016 & 2017 (5/5)

JULE STYNE

Jule: The story of composer Jule Styne (1979)
Autor: Theodore Taylor
Ramdom House 1979
BIBLIOTECA
Jule Styne é um dos maiores compositores da América,  do cancioneiro e do teatro musical americanos. Poucos compositores tiveram tantos êxitos nas paradas de vendas como Styne. Ele formou uma dupla com o letrista Sammy Cahn que não parou de criar hits durante 8 anos, sobretudo para Frank Sinatra, o maior cantor dos anos 40 e 50. A formação de Styne é clássica, na adolescência tocava bem Mozart e Haydn, mas não pôde fazer carreira de concertista. Virou-se para a música popular, tocou em muitos grupos, dirigiu alguns, trabalhou para Al capone uma ou duas vezes. Tentou a composição e teve logo um enorme hit com "Sunday". Só muitos anos depois é que voltou à composição, quando trabalhou como vocal coach das estrelas da Fox e da Republic (onde escreveu um hit para o cowboy Gene Autry). Depois de Hollywood, conquistou a mais difícil e prestigiada Broadway. Somou êxitos: Bells Are Ringing, Gentlemen Prefer Blondes, Gypsy, Do Re Mi, Funny Girl. Mas também produzia espetáculos de outros compositores, shows para televisão e shows musicais de artistas individuais (como o marcante Sammy Davis Jr). Mesmo nos musicais de pouco ou nenhum sucesso conseguia impor canções que se tornariam standards. Deu papéis consagradores a Barbra Streisand, Ethel Merman e Carol Channing. Uma das carreiras mais brilhantes no universo do musical americano. Vila do Conde 4/5 BIBLIOTECA 

Betty Grable,The Reluctant Movie Queen (1982)

Betty Grable,The Reluctant Movie Queen
Autor: Doug Warren
Robson Books, 1982
Uma boa biografia de Betty Grable, estrela maior dos musicais de Hollywood. Foi uma das mais famosas Fox Girls (como Alice Faye e Marilyn Monroe). Mas Betty levou dez anos a atingir o estrelato. Começou no cinema em 1930, tinha treze ou catorze anos, e em 1941 com Down The Argentine Way, tornou-se uma estrela da Fox, a única à altura da rainha Alice Faye (o filme também revelou Carmen Miranda). Foram muitos anos de formação, treino e apuramento de uma artista completa, que brilharia apenas no tecnicolor da Fox. Foi brevemente (dois anos no máximo) contratada pela Paramount, RKO e Fox e foi por fim nesta, sob a direção de Darryl Zanuck, que se tornaria numa das Fox girls. Nos anos 30 contracenou mais de uma vez com Fred Astaire e Ginger Rogers e outros astros da época, mas ficara sempre à sombra deles. Teve publicidade extra quando se casou com Jackie Coogan, um dos herdeiros mais assíduos dos tabloides, e mais publicidade teve com o processo que Jackie fez contra a família que lhe negou a herança.  Durante a segunda guerra mundial, Betty Grabble atingiu o pico de popularidade. A sua foto de pinup, requisitada por milhões de soldados, foi uma das imagens mais populares do período e Betty tornou-se a estrela número um de Hollywood, em termos salariais. Os seus filmes arrasavam na bilheteira mas nunca viram quaisquer distinções. Darryl Zanuck tentou fazê-la estrelar um drama para mudar a sua imagem de pinup, mas Betty recusou e continuou a ser a rainha das comédias musicais da Fox, onde os seus atributos físicos eram muito bem aproveitados. Nos anos 50 o seu reinado acabou e em 1955 fez o seu último filme, quando ainda era jovem. Darryl Zanuck mantinha sempre umas loiras jovens preparadas para tomar o lugar da sua mina de ouro e foi assim que Marilyn Monroe tomou o lugar de Grable. Esta lutou para ter o papel de Lorelei, em Gentlemen Prefer Blondes, mas foi Marilyn que o conseguiu. As duas protagonizaram How to Marry a Millionaire (junto com Lauren Bacall), e Betty ensinou Marilyn alguns truques para melhorar a sua prestação. Antes do filme estrear, Betty rasgou o contrato que ainda lhe assegurava cinco anos na Fox, e Zanuck elevou Marilyn a estrela principal do filme no genérico. Nos restantes quinze anos de vida, Betty fez televisão e sobretudo teatro musical, onde brilhou, por exemplo em Guys and Dolls, que lhe escapara no cinema (faltou a uma entrevista com Samuel Goldwyn por ter levado o cão ao veterinário, e o mogul eliminou-a prontamente), Hello Dolly ou Born Yesterday. Adorei ler esta biografia. Caxinas 4,5/5

Under the Rainbow - The Real Liza Minnelli (George Mair, 1996)

Numa pesquisa rápida que fiz na net, verifiquei que esta biografia escrita por George Mair há 20 anos, permanece a mais recente biografia de Liza Minnelli e talvez a melhor, apesar dos seus defeitos. Nunca poderia constituir uma biografia de referência, porque há aspectos importantes da carreira da artista que são simplesmente ignorados; é o caso dos seus discos de estúdio. A grandeza de Liza reside nos seus shows e nas gravações ao vivo e é ponto assente que os seus álbuns de estúdio não espelham o talento que ela demonstra em palco, perante uma plateia. Mas isso não é razão para ignorá-los. De resto, o autor traça em poucas páginas o essencial da vida de Liza, e da sua carreira também: grande destaque é dado à relação com a mãe, Judy Garland, e à sua turbulenta vida amorosa. Afinal onde reside o génio de Liza Minnelli? Não é no cinema (apesar dos clássicos Cabaret e New York, New York) nem na música, mas sim na arte do showbizz tipicamente americano (nova-iorquino?), que exige a combinação de uma série de elementos como a dança, o canto, a interpretação, o star carisma, e uma capacidade de comunicação excecional com o público. Tudo isto Liza Minnelli dominava como poucos nos seus tempos áureos. Quanto à edição que tenho, gosto especialmente do livro-objecto: tem a qualidade dos hardbacks americanos, neste caso ilustrado com muitas e excelentes fotografias.VC 3/5 BIBLIOTECA 

Barbra Streisand (2007)

Barbra Streisand é uma das últimas estrelas que brilhou na comédia musical (na Broadway e em Hollywood) e na canção popular com igual brilho, na linha de Judy Garland. Hoje já não há lugar para essas estrelas completas. Tenho uma admiração muito relativa por Barbra (prefiro sem dúvida Judy) mas interessava-me muito conhecer a sua biografia. É sempre fascinante conhecer os pormenores da ascensão de uma estrela no mundo competitivo das artes do espetáculo. Barbra, que nasceu no início da segunda guerra, de pais judeus, ficou órfã de pai ainda criança. Teve uma infância e uma adolescência difíceis, rodeada de pobreza e de falta de amor e de compreensão. A mãe negou-lhe qualquer incentivo aos seus desejos artísticos. E no colégio o seu talento não era reconhecido (foi rejeitada ou ignorada pelos grupos de teatro e de canto). Foi a sua persistência que a levou ao estrelato. Este consolidou-se rapidamente em várias frentes: nos concertos de pequenas salas, nos palcos da Broadway, na indústria discográfica, nos especiais para a televisão e, por fim, em Hollywood. Muitas vezes, desde o início, teve o controlo artístico dos projetos em que se meteu e tudo fazia para não permitir que ninguém brilhasse ao seu lado. Por isso ganhou o desprezo de quase todos os seus colegas. Na década de 70 foi recordista de vendas de discos, aproximando-se da música pop. O seu álbum de maior sucesso dividiu-o com o Bee Gee Barry Gib. Evitou participar em filmes musicais, depois de se ter tornado uma estrela com o filme de estreia, Funny Girl, logo seguido por Hello Dolly! e Melinda. E em 1983 produziu, escreveu, realizou e protagonizou Yentl, um musical com canções compostas por Michel Legrand e escritas pelos Bergman. Esta primeira biografia francesa de Barbra é baseada em material previamente publicado e aborda com ligeireza os principais acontecimentos da vida da cantora. Paris 2, 5/5

Sinatra (Anthony Summers & Robbyn Swan, 2005)

Edição francesa: Denoël, 2006
Edição original: Sinatra, the Life (2005)
Precisei de um mês para ler esta notável biografia de quase 600 páginas sobre Frank Sinatra. A obra alicerça-se numa investigação irrepreensível sobre factos difíceis de abordar com objetividade que se podem resumir em dois campos: a vida amorosa e a relação com a Máfia. Em ambos os casos as revelações, para mim, são devastadoras. Nunca mais olharei para Sinatra com a admiração que antes lhe dedicava. O seu legado na música e no cinema permanece intocável e digno de admiração para mim. Mas o mesmo não posso dizer em relação ao ser humano. Ao longo da vida Sinatra não só sentiu fascínio pela Máfia, como mimetizou alguns dos seus comportamentos (ameaças e ataques físicos, por exemplo), procurou a amizade de alguns chefes da Máfia, serviu de intermediário para fazer chegar o dinheiro desta organização às campanhas de políticos, serviu-se deles para singrar profissionalmente, investiu em hotéis como sócio dos mesmos, etc.. Obviamente negou sempre qualquer ligação à Máfia. Não me lembro de ter lido biografia de artista (e li muitas) cujo biografado saísse tão chamuscado... pelo menos para mim. Esta biografia é dececionante se estivermos à espera de grandes incursões sobre o génio musical de Sinatra. Ou sobre o seu trabalho em Hollywood. Tudo isso deve ser procurado noutras obras. Não penso que isto menorize o trabalho de Anthony Summers, que de forma assumida privilegiou a vida e não a arte, o ser humano e não o artista. Em suma, foi uma leitura empolgante e rica em surpresas. Paris 4/5 BIBLIOTECA