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REC Chicago (1975)

CHICAGO. A MUSICAL VAUDEVILLE (1975)
Original Cast Album
LP Vinil Arista 1975
NT

CHICAGO (1975)
Original Cast Album Chicago A Musical Vaudeville
CD Arista 1996
DISCOTECA

CHICAGO THE MUSICAL (1997)
CD BMG 1997
DISCOTECA F

REC Kiss of Spider Woman (1993)

KISS OF A SPIDER WOMAN THE MUSICAL (1993)
New Broadway Cast Recording
CD Mercury 1993
DISCOTECA F

CHICAGO


O ESPETÁCULO (Lisboa, 2020)

Gabriela Barros e Miguel Raposo Chicago, o musical marcado pelo génio de Bob Fosse, tem uma versão em português que está a ser apresentada desde 2019 no Teatro da Trindade, em Lisboa. O sucesso é mais do que merecido e justificado, pois a encenação de Diogo Infante é boa (mas senti uma grande diferença em relação à produção que vi em Londres) e o trio protagonista é mais do que convincente: Gabriela Barros (Roxie Hart), Soraia Tavares (Velma Kelly) e Miguel Raposo (Billy Flynn). Lisboa 2020 Teatro da Trindade 4/5

Musical de John Kander, Fred Ebb e Bob Fosse 


O ESPETÁCULO
Chicago (Londres, 2017)

Era um sonho que arrastava há muitos anos: ver o musical Chicago num teatro. Conhecia o filme (de Rob Marshall), a música (de John Kander), o argumento (de Fred Ebb e Bob Fosse), as letras das canções (de Fred Ebb) e as coreografias de Bob Fosse, pelo disco, pelo vídeo, nas telas do cinema. Mas ver esta obra mestra da Arte americana do século 20 nas condições próximas daquelas em que foi criada, isso nunca me foi dado a ver. E de repente tudo fez sentido, Chicago como obra de teatro é mesmo qualquer coisa de único e de seminal. Como Lohengrin de Wagner que tinha visto no dia anterior. Há um antes e um depois destas obras, e não é possível fazer melhor. Não posso comparar esta produção londrina de 2017 com as anteriores e muito menos com a criação original; certamente houve intérpretes melhores para cada um dos personagens. E a coreografia de Bob Fosse, esse génio, é a que eu vi agora? Que importa, Chicago nesta montagem mostra de que é feita a sua notoriedade artística. A música de Kander & Ebb é aquela maravilha que conhecemos do disco e de outras obras. Mas não será a coreografia e o concept de Fosse o que mais marca Chicago? A dança e o movimento em geral são pouco considerados, mas em Chicago com o mínimo (um estalar de dedos, o estirar do braço, o sentar-se) obtem-se uma expressividade máxima. O palco é ocupado por um quadrado inclinado virado para o público, onde está a pequena orquestra de cabaré-jazz, e de onde saiem os personagens, que também podem sair dos lados do quadrado. Com poucos atores/cantores e um espaço reduzido para atuarem, consegue-se contar uma história sobre grandes criminosas dos anos 1920 que manipulam os media para obterem a celebridade e a absolvição pública e judicial dos seus crimes. Ver Chicago em cena foi uma experiência inolvidável. Londres, 2017 2 July, Phoenix Theatre 5/5

CABARET (Broadway, 1966)

CRIAÇÃO (Broadway, 1966)


O ESPETÁCULO (West End, 2024)
CABARET (2022)
Grande produção do musical que revolucionou os musicais. Entramos no teatro Playhouse como se entrassem os num verdadeiro cabaret, uma bebida na mão e um passeio para observar quem está presente, antes de entrar para a sala principal. Quem conhece o filme reconhece a evolução do espetáculo nos mais pequenos pormenores. Mas senti falta da Sally Bowles de Liza Minnelli e até do Emcee de Joel Grey. De resto foi perfeito. Londres 06.2022 Playhouse 5/5

O ESPETÁCULO (Madrid, 2016)

Musical de John Kander e Fred Ebb

Já tive a oportunidade de ver o célebre musical Cabaret mas... não aconteceu. Agora, passando por Madrid, não hesitei: foi este o espetáculo que pus acima de qualquer outro em exibição na cidade. O teatro em que é representado, o Rialto na Gran Via, é muito bonito. O Cabaret de Madrid é uma grande produção, adaptada ao espanhol para garantir a adesão popular. Segue de perto a peça de teatro (1952) que adaptava para o palco o conto de Isherwood (1937), onde encontramos Sally Bowles e outros personagens que depois serão imortalizados pelo musical de Ebb & Kander (1966) e mais ainda pelo filme de Bob Fosse (1972). Que destino grandioso para um simples conto! Pode-se até não gostar deste musical (no teatro e no cinema) mas não se pode negar que ele mudou a história dos musicais e impôs uma imagética reconhecida por todos. Além disso, fez entrar para o universo feérico e feel-good dos musicais a tragédia nazi. Aliás, a produção madrilena termina com corpos nus, enlaçados, numa câmara de gás. Assim, passa-se de cenas dramáticas para as cenas cômicas, passadas no cabaré, tal como no filme. A força deste (um dos meus filmes preferidos) impede-me de aderir completamente ao que se passa no palco mas o génio das canções de Ebb & Kander fazem sempre efeito. Curiosamente, o momento que suscitou maiores risadas foi quando o mestre de cerimónias, antes de começar a segunda parte, brincou com o público, provocou-o e trouxe-o para o palco. Foi brilhante e percebi então por que a stand-up comedy é tão popular (mas não me interessa). Madrid, maio de 2016, Teatro Rioalto 4/5

Cabaret (Bob Fosse, 1972)

Cabaret (1972) é um dos meus filmes preferidos de sempre. É um filme único, que não se confunde com nenhum outro. É um musical que na origem foi um musical da Broadway. É um marco na história dos musicais no cinema. É um musical passado em Berlin de 1930, é um musical político até à medula.  Liza Minnelli teve aqui o passaporte para a eternidade, e por aqui aparece uma das mulheres mais bonitas que eu já vi: Marisa Berenson (que também entra em dois outros filmes da minha vida, Barry Lindon e Morte em Veneza). Que mais? Que comprei ainda no tempo do vinil a banda sonora deste filme. Pelo menos o refrão das canções sei de cor.  Que ver o filme em sala de cinema é mais uma razão para amá-lo. Primeiro foi na Cinemateca Portuguesa em 1987 (!) e agora (2013) no cinema parisiense Le Brady. Que merece 5/5.  

New York, New York (Martin Scorsese, 1977)

New York, New York é um dos meus filmes preferidos de Scorsese, mas sei que nem ele nem os seus fãs têm boa ideia do filme. New York, New York é um dos poucos musicais feitos nos últimos 40 anos e provavelmente é o melhor musical posterior ao genial Cabaret. Aliás, os autores da música (Kander & Ebb) e a protagonista (Liza Minnelli) passam de um filme para o outro. São a golden team dos musicais dos 70s e Scorsese aproveita-se deles para a marcar com o seu génio mais um género cinematográfico de grande prestígio. Não se saiu muito bem, porque não está entre os seus melhores filmes (mas é um dos meus preferidos, repito). É um biopic de artista, ou artistas (a cantora Liza e o saxofonista Robert De Niro), e a história dos musicais está cheia de biopics (não me ocorre uma razão evidente para tal facto). A cantora atinge a fama e o saxofonista (que formam um casal durante grande parte do filme) atinge a miséria e insucesso. Liza Minnelli, que eu venero, não é uma atriz versátil. É uma boa comediante e uma genial performer do showbizz. No filme de Scorsese (e mais ainda no de Bob Fosse) está como peixe dentro de água e ninguém poderia assumir o seu papel. E quem hoje interpreta, dança e canta com igual talento? Talvez ninguém. Scorsese contou neste filme com uma artista completa como as estrelas da Hollywood clássica. E fez uma obra que marcou o cinema dos seventies. Paris 5/5