Filme de Lael Rodrigues
Estreia no Brasil: 30 07 1984
Este filme é um marco do cinema brasileiro, mas não pelas suas qualidades cinematográficas. O filme lembra os pobres filmes musicais dos anos 80, como Flashdance, que marcaram muitos jovens mas nada trouxeram à arte do musical (na época só me lembro de um ou outro verdadeiramente notável, como One From the Heart ou Pennies From Heaven). Bete Balanço apanha a movida carioca no seu auge, com o brock explodindo. Um dos seus poetas, Cazuza, aparece no filme, como personagem e também atuando com o seu grupo Barão Selvagem. O filme aliás, segue o roteiro esquemático que os musicais nunca abandonaram desde o início do cinema sonoro. Uma jovem da província (Débora Bloch) vai tentar a sua sorte na grande cidade. Ela pretende ser famosa, talvez na música. O filme tem um ou outro video clip como se costumava fazer, em que ação para e a música domina. Este filme é precioso porque alguns artistas que ficaram davam aqui os primeiros passos. O filme não ganhou prémios e não subiu ao pódio, mas conquistou o público (1,3 milhão de espectadores) e o estatuto de clássico entre a geração que se reconheceu nele. Melun 2020 (3,5/5)
Bete Balanço (Lael Rodrigues, 1984). Produzido por Carlos Alberto Diniz, Ponto Filmes e CPC. Roteiro de Lael Rodrigues e Yoyo Wurch. Elenco: Débora Bloch, Diego Vilella, Lauro Corona, Cazuza, Maria Zilda, Andrea Beltrão, Hugo Carvana. Atuações musicais de Cazuza, Barão Vermelho, Lobão e os Ronaldos, Celso Bules Boy e Metralhatxeca. Prémio APCA de Melhor atriz (Débora Bloch). Trilha sonora do Barão vermelho e outros.