Yolanda ant the Thief (1945)

A história passa-se num país (caricaturado) da América Latina (que estava na moda em Hollywood nos anos 40), que mais parece uma monarquia governada pela família Aquaviva, que, na verdade, detém o monopólio da economia do país. A fortuna Aquaviva tem uma nova e jovem herdeira, Yolanda (Lucille Bremer), que sai do convento (ou de uma escola religiosa) diretamente para o mundo dos negócios. Aparece então um estrangeiro caça-fortunas, um americano obviamente (Fred Astaire), que se faz passar pelo anjo da guarda da jovem crente e consegue retirar-lhe a fortuna. Mas há um verdadeiro anjo (Leon Ames) por perto (os anjos também estavam na moda no cinema americano da época) que vai aproximar o vigarista e a vítima no sentido do amor, do casamento e da procriação. Estamos em pleno terreno da fantasia, que o cinema musical tantas vezes pisa, levada aqui longe demais, o que talvez explique o desastre comercial do filme na estreia. Mas hoje ele faz a delícia dos amantes das comédias musicais. Tem um grande momento musical no ballet do sonho (ou antes, pesadelo) de Astaire, com coreografia de Eugene Loring, que antecipa o ballet do sonho de Gene Kelly em Um Americano em Paris. Há cenas de comédia saborosas (a primeira visita de Astaire ao palácio de Yolanda) e os momentos musicais e de dança são maravilhosos. Já é bastante. Paris: Le Desperado (2013) & Ecoles 21 (2018) 4/5    

Yolanda ant the Thief (1945). Comédia musical. Realização: Vincente Minnelli. Produção: Arthur Freed (MGM). Argumento: Irving Brecher. Coreografia: Eugene Loring. Atores principais: Fred Astaire, Lucille Bremer, Frank Morgan, Mildred Natwick, Leon Ames. Música: Harry Warren, Lyrics: Arthur Freed.